Friday, September 25, 2020

September 25th: World Dream Day / 21 Setembro: Dia Mundial do Sonho

 Note:~Versão portuguesa abaixo. 


They say that everybody dreams, and as little humans we all do, but overtime I have a feeling that some lose the ability to do it. They probably still do it in the scientific sense of the word, as they sleep, when they have no control over it, but do they dare dreaming about the future?


Dreams have always been a pillar in my life. It was in dreams, that I used the secret door in my closet to travel all the way to China when I was 6, it was in dreams that I pretended to be brave enough to safe the world, it was in dreams that I’ve learn to face demons and scary monsters, it was in dreams I imagined my bright, successful future, it was in dreams that I found comfort in my darkest hours, it was in dreams I allowed myself to be loved, it was in dreams that I’ve learned to cope with… life.


In fact, it is still through dreams that I process a lot of information, a lot of growth.


Dreams can be fascinating, they can be thrilling and scary… or just plain weird. Because I had night terrors, very early in life, I learned how to control my dreams. Curiously enough, despite this skill, my dreams were never fairytales or walks in the park, there was always something tragic about them, there was joy, but never without a tumultuous journey too.


Dreams can be dangerous too. Despite the dark nature of my dreams, that was a world I could control, a place I could write and rewrite the script many times, and because of that it felt safe. Dreams are simply story we tell ourselves, but they can be a powerful tool. Dreams help visualization, they feed our imagination, they warm our soul. You can get lost in this storytelling though. At one point I realized I might be falling too deep. I was so lost into that world that sometimes I had trouble separating it from reality. Eventually I’ve found balance, a way to keep enough distance, to allow myself the best of both worlds.


There’re all sorts of dreams. There are the unconscious ones and the ones you have while wide awake. There are “platonic” dreams, ideal but unreal, dreams you admire from a fair, because you know are too perfect to be viable. And dreams that push you forward.


In a more metaphorical sense, a dream is something you believe in, something that inspires you, something you long to achieve. Dreams are endless, one leads to another, I don’t think there’s ever a moment in life one goes “I’m all out of dreams”, because dreams often lead us to unexpected ways.


Dreams have indeed a huge role in my life, and over the years, they’ve become so polished and high standard, that I often wondered if they’d become a curse.


As a young girl, I had beautiful dreams about the future and the life I would live, and I can tell you that… very little has come true! And yet, there’s not much to be disappointed about.


Dreams lead to new dreams. They also lead to new experiences, new people, new ambition, new skills. Dreams can open wide new paths right in front of you, they may make you crave things you never even knew you liked, they may lead to people you never even knew you needed.


Dreamland is a wonderful paradise, one that can only be improved when shared with people as passionate and crazy and sensible as us.


Dreaming on your own can be lonely. I once read that dreaming awake is a very difficult load to carry, and I totally agree. But dreams are not a waste of time, so when my strength falters and my certainty’s fading, I remember something I’d use to repeat my young, scary, lonely, misunderstood self, over and over again “Dream… Always! That’s the only thing they can never take away from you”.


World Dream Day was established in 2012 by Ozioma Egwuonwu for the purpose of encouraging individuals, communities, businesses, schools, and families to take some time to concentrate on their dreams and make an effort to turn them into a reality.


 

Dia Mundial do Sonho

 

Dizem que toda a gente sonha, e em pequenos acredito que sim, mas com o tempo acredito que alguns de nós percam essa capacidade. Provavelmente continuam a sonhar, no sentido científico da palavra, inconscientemente, enquanto dormem, mas será que se atrevem a sonhar com o futuro?


Os sonhos sempre foram um dos pilares da minha vida. Foi em sonhos que, com apenas 6 anos, viajei até à China através da porta mágica que existia no meu roupeiro, foi em sonhos que fingi ter a coragem para salvar o mundo, foi em sonhos que aprendi a enfrentar monstros e demónios, foi em sonhos que imaginei um futuro brilhante e colorido, foi em sonhos que encontrei conforto nos momentos mais difíceis, foi em sonhos que me deixei ser amada, foi em sonhos que aprendi a lidar com… a vida.


Na verdade, ainda hoje, é através dos sonhos que processo muita informação, que concretizo muito do meu crescimento.


Os sonhos podem ser fascinantes, podem ser emocionantes ou assustadores… ou simplesmente estranhos. Por sofrer de terrores noturnos, aprendi a controlar os meus sonhos desde muito cedo. Curiosamente, apesar dessa habilidade, os meus sonhos nunca eram contos de fadas ou passeios no parque, apesar dos momentos esporádicos de alegria, eram sempre fortemente carregados com uma dose de tragédia.


Os sonhos também podem ser perigosos. Apesar da natureza dramática dos meus sonhos, era um mundo que eu controlava, um espaço em que podia escrever e reescrever o guião quantas vezes quisesse, e por isso eram um porto seguro. Havia por isso o risco de me perder neles. Houve momentos em que senti que estava demasiado embrenhada nessa realidade alternativa, mas acabei por encontrar um equilíbrio que me permite ter o melhor dos dois mundos.


Os sonhos são simples histórias que contamos a nós mesmos, mas também podem ser ferramentas poderosas. Os sonhos ajudam-nos a visualizar, alimentam a nossa imaginação, aquecem-nos a alma. Há muitos tipos de sonhos, os inconscientes e os que temos durante o dia. Há os sonhos “platónicos”, ideais, mas irrealistas, aqueles que admiramos de longe, mas sabemos que são demasiado perfeitos para ser verdade, e os sonhos que nos desafiam a ir mais longe.


Num sentido mais metafórico, um sonho é algo em que acreditamos, algo que nos inspira, algo que queremos atingir. Os sonhos são infindáveis, um sonho leva a outro, não sei se é possível chegar a um momento da vida e pensar “já não tenho mais sonhos”, porque os sonhos levam-nos por caminhos inesperados.


Os sonhos têm realmente um papel importante na minha vida, e ao longo dos anos, tornaram-se versões tão idealizadas que muitas vezes temi que se tornassem numa maldição.


Quando era miúda, sonhava com o meu futuro, com a vida que iria ter e posso dizer que… muito pouco se concretizou! E ainda assim, não há arrependimentos.


Sonhos levam-nos a novos sonhos. Também nos levam a novas experiências, novas pessoas, novas ambições, novas competências. Os sonhos desbravam caminhos à nossa frente, fazem-nos desejar coisas que nem sabíamos gostar, encaminham-nos para pessoas que nem sabíamos precisar.


A terra dos sonhos é um paraíso fantástico, um que só pode ser melhorado quando partilhado com pessoas tão motivadas, malucas e sensíveis como nós.


Sonhar sozinho pode ser solitário. Uma vez li que sonhar acordado é uma bagagem muito difícil de carregar, e concordo completamente. Mas os sonhos não são um desperdício de tempo, por isso, quando as forças me falham e as certezas estremecem lembro-me de algo que costumava repetir à miúda assustada, solitária e incompreendida que era há uns anos - “Sonha… sempre! É a única coisa que nunca te podem tirar”.


O Dia Mundial do Sono foi criado em 2012 por Ozioma Egwuonwu com o objetivo de encorajar indivíduos, comunidades, negócios, escolas e famílias, a tirar tempo para se concentrarem nos seus sonhos e fazerem um esforço para os tornar realidade.

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