Note 1: While being quarantine, in an effort to try to prevent my brain to turn into mush I'll try to complete a 30 Day writing challenge. Each day I'll get a prompt about which I should write.
Nota 2: versão portuguesa mais abaixo.
A friend suggested this topic
after she learned that it takes 4 minutes for a person to form an impression
about someone they just met.
For a lot of us it may even take
less than that. How many times have we made assumptions about a person just
from a far, without ever even hear them say a word? It happens every day. We
can be more or less conscious about it, we can be aware that it doesn’t make
sense and try to keep an open mind, but the reality is, as soon as you lay your
eyes on someone you form an opinion.
First impressions are based on
what’s on the surface, so things like age, race, gender, culture, language,
physical traits, posture, voice, interaction with others, are some of the
characteristics that our brain quickly tries to process in a first encounter.
These visual cues are visible to
everyone, however, when introduced to two different people at the same time,
one person can create two very different first impressions. Why?
The reason this happens is because
our first impressions are highly influenced by our stereotypes and our previous
experiences. A lot of the times, the opinion we project on someone we just met
has little to do with them and much more to do with someone from our past that
somehow (and probably unconscientiously) reminded us of them, or with social/cultural
bias.
Back in the day, these first
impressions might have been crucial for survival, and to some degree, they
might still be useful today, the problem is how accurate are them?
The odds are that you had a
teacher you used to hate and by the end of the school year was your favorite, a
co-worker that drove you crazy and later became your closest confident, a team
mate you couldn’t stand and became a friend. The reverse is probably also true,
at some point you probably met someone you were quick to click and assumed you’d
always been close and later figured out you were wrong.
The reason why first impressions
are inaccurate is because they are influenced by too many variables - a person
can be having a bad day, can be uncomfortable in that setting, can be tired,
can be hurt, or mad… it could even just be a trait of their personalities, some
people just don’t make good impressions. In fact, our first impressions don’t just
depend on the other person’s actions, they’re also strongly influenced by our
mood, our perspective and our standards.
If all of this is true, do first
impressions really matter?
I’d argue that they do, to some
degree, but they do, mainly for 2 reasons.
The first is, instincts matter,
if something seems off about someone, there’s nothing wrong in keeping our
guard up for a while, at least until we can vet our suspicious. Our brain
observes and processes information that sometimes we don’t even realize, so if
it’s sending out an alert signal, we must hear.
The second reason why I think
first impressions matter is because they do carry a lot of weight, which for
some people it may mean they will not even give you chance to prove they’re are
wrong, or even if they apparently do, those first impressions may create huge obstacles
to overcome in the relationship.
When talking about first
impressions most people focuses on themselves – what image they want to
project, how they want people to see them, how they can influence or somehow
control that first impression. I see it from a different perspective… We are
who we are, and, if given a chance, sooner or later people will see our true
colors, so I personally find more interesting scrutinize my assumptions of
people. Am I basing the opinion on what I’m seeing/hearing, or am I basing it
on prejudice? Am I’m actually giving a shot to this person, or have I decided what
I think of them before they even opened their mouths? If so, what is it about
them that instinctively stirred me that way?
First impressions matter, but
they are not definitive, it’s up to us to keep an open mind and be willing to do
deeper, because if we base our relationships on first impressions alone we may
be losing a lot of great connections that simply take longer time to develop.
Só tens uma hipótese de criar uma primeira impressão
Uma amiga sugeriu-me este tema depois de uma aula onde aprendeu que demoramos
cerca de 4 minutos a formar uma opinião sobre uma pessoa que acabámos de conhecer.
Para muitos de nós talvez demore menos tempo ainda. Quantas vezes é que damos
palpites sobre alguém à distância, sem sequer nunca os termos ouvido falar?
Acontece todos os dias. Podemos fazê-lo de forma mais ou menos consciente,
podemos ter noção que isso não faz sentido e tentar contrariá-lo, mas a verdade
é que assim que pomos os olhos em alguém começamos a formar uma opinião.
As primeiras impressões são baseadas no que está à superfície, por isso, aspectos
como a idade, etnia, género, cultura, linguagem, aparência, postura, voz,
interação com os outros, são algumas das características que o nosso cérebro
processa rapidamente num primeiro encontro.
Estas pistas visuais são acessíveis a todos, no entanto, quando apresentada
a duas pessoas em simultâneo, uma pessoa pode causar duas primeiras impressões
muito diferentes. Porquê?
A razão pela qual isto acontece é porque as nossas primeiras impressões são
fortemente influenciadas pelos nossos estereótipos e pelas nossas experiências.
Muitas vezes, a opinião que projectamos em alguém que acabámos de conhecer têm
pouco a ver com essa pessoa, e mais tendências sociais/culturais e/ou com
alguém do nosso passado de quem ela (ainda que inconscientemente) nos faz
lembrar.
No passado, estas primeiras impressões podem ter tido um papel fundamental
para a sobrevivência, e até certo ponto, hoje em dia ainda têm a sua utilidade,
o problema é saber qual é a sua precisão.
O mais provável é já teres tido um professor que odiavas no início do ano
lectivo e que se tornou no teu preferido, um colega de trabalho que achavas
impossível e que se tornou num confidente, um colega de equipa que não
toleravas e que se tornou no teu melhor amigo. O contrário provavelmente também
já aconteceu, em algum momento provavelmente também já conheceste alguém com
quem tiveste uma empatia imediata e presumiste que seriam sempre próximos e mais
tarde descobriste estar errado.
As primeiras impressões são pouco precisas porque são influenciadas por
demasiadas variáveis – a pessoa pode estar num dia mau, pode estar
desconfortável no local onde se encontra, pode estar cansada, triste, zangada…
- pode até ser simplesmente um traço da sua personalidade, há pessoas que tendencialmente
não causam boas impressões. Para além disso, as primeiras impressões não dependem
apenas das ações da outra pessoa, são também fortemente influenciadas pelo
nosso estado de espírito, pela nossa perspectiva e pelos nossos padrões.
Se tudo isto é verdade, será que as primeiras impressões têm importância?
Eu acho que sim… até certo ponto, mas acho que sim, essencialmente por duas
razões.
A primeira é que os nossos instintos têm um papel importante. Se nos parece
haver algo de errado com determinada pessoa, ainda que não saibamos bem o quê,
não há problema nenhum em nos mantermos em alerta, pelo menos até conseguirmos refutar
as nossas suspeitas. O nosso cérebro processa informação que às vezes nem temos
consciência, e se nos manda um sinal de alerta, devemos ouvi-lo.
A segunda razão pela qual acredito que as primeiras impressões importam é
porque, pertinentes ou não, a verdade é que têm um peso significativo, o que
pode significar que a pessoa não vai ter o benefício da dúvida, não lhe vai ser
dada uma segunda chance, ou que ainda que tenha uma segunda chance, essas
primeiras impressões vão ser um obstáculo difícil de ultrapassar na relação.
Quando falamos de primeiras impressões as pessoas normalmente focam-se
nelas mesmas – que imagem querem passar, como querem ser vistas, como podem
influenciar ou de alguma forma controlar a impressão que vão causar na outra pessoa,
etc. Eu vejo as coisas de outra perspectiva… Somos quem somos e, se nos for
dada a oportunidade, o resto do mundo vai ver isso, por isso pessoalmente acho mais
interessante escrutinar as minhas suposições. Estou a basear a minha opinião no
que estou a ver/ouvir, ou estou a baseá-la em preconceitos? Estou a dar uma
oportunidade à pessoa de a conhecer, ou já decidi o que penso dela antes que
abrisse a boca? E se o fiz, que traços é que observei que me levaram por esse
caminho?
As primeiras impressões têm a sua importância, mas cabe-nos a nós ter um
papel crítico, manter uma mente aberta e estar dispostos a explorar mais
aprofundadamente, porque se definirmos as nossas relações com base apenas em
primeiras impressões podemos estar a desperdiçar relações muito interessantes
que simplesmente demoram mais tempo a florescer.
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