Note 1: While being quarantine, in an effort to try to prevent my brain to turn into mush I'll try to complete a 30 Day writing challenge. Each day I'll get a prompt about which I should write.
Nota 2: versão portuguesa mais abaixo.
I used to struggle with the word
hero, because, in the past heroes tend to be portraited as someone perfect, and
I don’t really believe in perfection, so I was always looking for the one flaw
they must have. Every fairytale hero was pretty, and kind, and selfless, strong
and fearless, loved by everyone (except the bad guy), This representation wasn’t
just “sold” to children, even in books or movies for a grown audience, the hero
was, more often than not, the epitome of perfection. These were the standards
we got used to, so we’d look for them in real life too, we aimed to be perfect
and we aimed for perfect people to look up to. Which basically means we were
set up for failure… because perfect people don’t exist.
Regardless of age, fiction and
storytelling play a big role in shaping minds, broaden horizons and change
mentalities, and luckily, overtime writers seem to have understood the
importance of multidimensional characters. Characters who, just like us, have
their own demons, face their own struggles, doubt themselves and fail, day in
and day out.
This humanization of fictional
characters is what makes them more relatable, and when we transfer it to the
real world, when we stop trying to look for perfection and see people for what
they really are, it deepens our ability to connect and be inspired by others,
by real life heroes.
As a perfectionist myself it was
very cathartic when I finally relinquished this standard, when I realized that
to me, what made someone a hero was not their perfection but their courage.
Courage to keep trying, courage to stand up for what they believe, and face the
consequences of their actions, courage to be vulnerable, courage to be flawed.
I realized that heroes were fearless not because they felt no fear, but because
they try to overcome it. I learned that heroes aren’t always sure what’s the
right move, but they follow their instincts. I realized that heroes don’t keep
themselves in a pedestal, they embrace their humanity, their empathic, and they
struggle with self-doubt too. I realized that heroes make mistakes, they too disappoint
people, they too say/do the wrong thing sometimes, but they rise above, they
take ownership of their actions, they apologize, they learn from it and try to
do better next time.
What makes someone a hero is fighting
for justice, even when it’s doesn’t benefit them, what makes someone a hero is being
truth to one self, regarding the circumstances, but above all, what makes
someone a hero is a strong sense of integrity. And it’s important to remember
that heroes don’t just show up in big moments, small heroic acts in everyday
life are just as important.
O que define um herói?
Costumava ter
alguma dificuldade com a palavra herói, porque no passado os heróis representados
como figuras de perfeição, e eu não acredito em perfeição, por isso acabava
sempre por me focar em procurar o defeito que de certo deviam ter.
Nos contos
infantis os heróis eram sempre bonitos, simpáticos, generosos, fortes,
destemidos e adorado por todos (com excepção, claro, do vilão). Esta
representação não era vendida apenas às crianças, mesmo nos livros ou filmes
para uma audiência mais crescida o herói era, quase sempre, o epítome da
perfeição. Estes eram os padrões a que éramos habituados desde cedo, e o que
acabávamos por procurar na realidade, ambicionávamos ser perfeitos e encontrar
a perfeição nos outros. Basicamente estávamos destinados ao fracasso… porque
pessoas perfeitas não existem.
Independentemente
da idade (e da consciência que temos disso), a verdade é que a ficção tem um
papel importante na formação das pessoas, no alargar de horizontes e na
evolução das mentalidades e, felizmente, ao longo dos tempos foi-se percebendo a
importância de criar personagens multidimensionais. Personagens que, tal como
nós, têm os seus próprios demónios, lutam com dificuldades diversas, duvidam de
si mesmos e falham, dia após dia.
Esta humanização
das personagens fictícias é o que as torna mais relevantes, mais próximas de
nós, e quando transferimos isso para a vida real, quando paramos de procurar a
perfeição e começamos a ver as pessoas pelo que realmente são, aprofundamos a
nossa capacidade de nos relacionarmos e nos inspirarmos pelos outros, os heróis
da vida real.
Enquanto
perfecionista foi muito catártico quando finalmente abdiquei desses padrões,
quando percebi que para mim, o que faz de alguém um herói não é a sua perfeição,
mas a sua coragem. Coragem para continuar a tentar, coragem para defender aquilo
em que acredita e enfrentar as consequências das suas acções, coragem para ser
vulnerável, coragem para falhar. Percebi que os heróis não são destemidos
porque não sentem medo, mas porque tentam ultrapassá-lo. Aprendi que os heróis
não sabem sempre o que fazer, mas confiam nos seus instintos. Percebi que os
heróis não se mantêm num pedestal, que abraçam a sua humanidade, são empáticos
e, também eles, duvidam de si mesmos. Percebi que os heróis cometem erros, mas
assumes as suas responsabilidades, que pedem desculpa, que aprendem com isso,
que tentam fazer melhor da próxima vez.
O que define um herói é lutar pela justiça, mesmo quando não lhe beneficia, o que define um herói é manter-se fiel aos seus princípios, independentemente das circunstâncias,
mas acima de tudo, o que define um herói é a sua integridade. E é
importante lembrar que os heróis não se revelam apenas nos grandes momentos,
tão ou mais importantes são os pequenos actos heróicos do dia-a-dia.
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