Note 1: While being quarantine, in an effort to try to prevent my brain to turn into mush I'll try to complete a 30 Day writing challenge. Each day I'll get a prompt about which I should write.
Nota 2: versão portuguesa mais abaixo.
The concept of inspiration can be
applied to different contexts. In its basic form it can be described as someone
or something that gives ideas to do something. Inspiration can help you become
a more interesting artist, a better professional, develop a new business, make life
change decisions, take on new challenges, etc, it’s basically a little voice
that keep us moving forward.
Inspiration can come in different
shapes and forms, some people find inspiration in nature, in books, movies, in
music, in people they admire, in random people who cross paths with them and
even in themselves. Inspiration can come from the smallest gesture, everything
counts, as long as it provides you the enthusiasm do to something.
It sounds simple, but it took me a
while to grasp the meaning of inspiration.
At first, I thought for someone
to be your inspiration you had to love them unconditionally, you had to agree
and admire everything about that person, which I found incredibly hard.
Then, I thought inspiration was
only valid for massive outcomes, if you’d been inspired by something/someone
than you had to achieve something great or create something unique.
Lastly, I thought inspiration was
a stationary thing, something you’d find a couple times in a lifetime and
follow for the rest of your life.
So you see, my problem with
inspiration is that according to my perception it demanded an incredibly high
level of commitment and huge standards.
In reality I couldn’t be more
wrong… Inspiration is nothing but dynamic, not only it may change over the
course of your life, it’s good that it does, because you’re evolving and your
inspiration’s sources should evolve with you. It doesn’t make sense to look for the perfect
inspiration source, firstly because they don’t exist, but also because all you
need is a sparkle of something that stimulates you, that’s all inspiration
does, it gives you the first push, everything else that comes from it is all you.
There are different kinds of
inspiration, I’ve always been more focus on the personal kind.
I’ve always been very curious
about human behavior. I like to watch people, see how they interact, how they
react to each other, how they create relationships, how they agree and disagree
and learn from each other, how they fight, how they make up, how they stay
together or move on, how they stay true to their values, how they believe in
themselves… It’s fascinating for me, all the endless possibilities. At the same
time, I’ve also always had this complex of not being enough, and for the
longest time, instead of feeling inspired by people I admired, I felt pressured.
I’d look at people that handled things in a way I never could, who were strong
and kind, people who did great things, who not only had ideas but actually acted
on them, and all I could see was everything I could never be. Instead of being
inspired I felt trapped, which is the exact opposite.
Inspiration is supposed to bring
out the best of yourself so it will never work if you keep trying to be someone
you’re not, if you keep forcing yourself to unattainable standards, if you lose
your identity. Being inspired by someone who moves crowds doesn’t necessarily
mean you have to do the same, it may just mean that you’ll start using your
voice a little more. Being inspired by fearless characters doesn’t necessarily mean
that you will suddenly become a crime fighter yourself, it may just mean that
you’ll be more committed to speak up against injustice. Everything that inspires
you can and should be tailored to who you are. The goal should be to reach the
best version of oneself that one possibly can, nothing else.
So when we change our focus, when
we realize that inspiration is nothing but a starting point, it’s easy to see that
inspiration is everywhere. It’s in real people with whom we interact every day,
it’s in the characters that have been close to our hearts for years, it’s in
real life people that spread acts of kindness, it’s children, it’s in anyone
that says or does something that gets you thinking, that gets you moving, that
keeps you from settling.
Everyday each of us has contact with
an outstanding amount of inspiring situations, the question is, what are doing
with them?
Inspiração: O que é e onde encontrá-la?
Nota 3: Enquanto estou em quarenta, e numa tentativa de impedir que o meu cérebro se transforme em papa vou tentar completar um desafio de escrita de 30 dias. Cada dia terá um tópico sobre o qual deverei escrever.
O conceito de inspiração pode ser aplicado a diferentes contextos, mas de
uma forma muito simples pode ser descrito como algo ou alguém que nos dá uma
ideia para fazer alguma coisa. A inspiração pode tornar um artista mais
interessante, um profissional mais capaz, desenvolver novos negócios, levar a
alterações de vida significativas, enveredar por novos desafios, etc, é basicamente
aquela voz que nos empurra para a frente.
A inspiração pode surgir em diferentes formatos - há pessoas que encontram
inspiração na natureza, em livros, filmes, música, em pessoas que admiram, em
desconhecidos com quem se cruzam, até em si mesmos. A inspiração pode surgir de
um pequeno gesto, tudo conta, desde que transmita entusiasmo, que estimule a ação.
Parece simples, mas demorei algum tempo a perceber o verdadeiro significado
da palavra inspiração.
Primeiro pensava que para alguém ser a nossa fonte de inspiração era
necessário adorar essa pessoa incondicionalmente, concordar e admirar todos os
aspectos da sua personalidade, o que me parecia incrivelmente difícil.
Segundo, achava que a inspiração só fazia sentido para coisas grandiosas,
se tínhamos sido inspirados por alguém/alguma coisa então algo importante
deveria de resultar dessa epifania.
Por último, assumia que a inspiração era estática, que encontrávamos
inspiração uma ou duas vezes na vida, e que seguíamos essas referências para sempre.
Tendo em conta estas premissas, o meu problema com a inspiração é que
exigia um enorme comprometimento e padrões muito elevados.
Na realidade não podia estar mais errada… A inspiração é tudo menos
estática, é um processo dinâmico que, não só pode mudar ao longo da vida, como
é normal que isso aconteça, porque nós vamos evoluindo e as nossas fontes de
inspiração evoluem connosco. Não faz sentido
procurarmos fontes de inspiração perfeitas, primeiro porque elas não existem,
mas também porque tudo o que precisamos é de uma pequena faísca que estimule
algo em nós. É isso que a inspiração faz, dá-nos um pequeno empurrão, tudo o
que acontece depois depende de nós.
Há diferentes tipos de inspiração, eu sempre me foquei mais no aspecto
pessoal.
Sempre tive uma grande curiosidade pelo comportamento humano. Gosto de
observar pessoas, ver como interagem, como reagem umas às outras, como
desenvolvem relações, como se confrontam e aprendem, como se chateiam e fazem
as pazes, como seguem os seus caminhos, como preservam os seus valores e a sua
autoestima… Acho fascinante a infinidade de possibilidades. Por outro lado,
sempre tive um certo complexo de inferioridade, e durante muito tempo, em vez
de me sentir inspirada pelas pessoas que admirava, sentia-me pressionada.
Olhava para as pessoas que geriam as coisas como eu nunca seria capaz, que eram
fortes e gentis, pessoas que faziam coisas impressionantes, que não tinham
apenas ideias mais que as punham em prática, e tudo o que conseguia ver era aquilo
que eu nunca seria. Em vez de me sentir inspirada, sentia-me bloqueada, que é
exactamente o oposto.
A objetivo da inspiração é revelar o melhor de cada um, por isso nunca vai
funcionar se estivermos constantemente a tentar ser outra pessoa, a forçar-nos
a atingir padrões inatingíveis, se perdermos a nossa identidade. Ser inspirado
por alguém capaz de mover multidões não quer dizer necessariamente que tenhamos
de fazer o mesmo, pode apenas querer dizer que iremos começar a utilizar a nossa
voz com mais frequência. Ser inspirado por uma personagem corajosa, não quer necessariamente
dizer que vamos começar a lutar contra bandidos, pode apenas querer dizer que nos
vamos comprometer a contrariar injustiças. Tudo o que nos inspira deve ser
adaptado a quem somos. O objetivo deve ser atingirmos a melhor versão de nós
mesmos, nada mais.
Assim, quando mudamos o foco, quando percebemos que a inspiração não passa
de um ponto de partida, é fácil de perceber que a inspiração está em todo o
lado. Está nas pessoas com quem interagimos no dia-a-dia, nas personagens das histórias
que nos tocam, em pessoas desconhecidas que têm atos de generosidade, nas
crianças, em alguém que diz ou faz algo que nos deixa a pensar, que nos faz
mexer, que nos impede de nos acomodarmos.
Todos os dias contactamos com uma enorme quantidade de situações
inspiracionais, a questão é – o que fazemos com elas?
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