Note 1: While being quarantine, in an effort to try to prevent my brain to turn into mush I'll try to complete a 30 Day writing challenge. Each day I'll get a prompt about which I should write.
Nota 2: versão portuguesa mais abaixo.
I have a lot
of personality traits that get me in trouble, although lot of them only get me
in trouble with myself, in my own head. When it comes to get in trouble with
the outside world, I think the personality traits that more often get me in
trouble are the inability to say “no” and/or be afraid to ask for more
information.
A few years ago,
my family had moved to Mozambique and I was living on my own. One day, on my
way to work I get a phone call from an unknown number. I take it and a very
nice lady immediately starts talking to me like she knows me very well and eventually
asks if I’m available to babysit her daughters on the weekend. Truth to be
told, she did say her name at the beginning of the call, but I assumed it was a
different person, so I talked to her for a while, and only when she mentioned 3
kids I realized it couldn’t be the person I thought it was… By then we had been
on the phone for like 10 minutes, so I was too embarrassed to admit to her that
I had no clue who she was.
She mentioned me
by name and she mentioned people we both knew, so I knew she didn’t have the wrong
number… but my mind was blank, she kept, asking how much she should pay me, if
she needed to bring any food of if I could cook, and the whole time I was searching
in my mind who this could be.
She obviously
trusted me enough to leave me with her 3 children overnight, and she seemed oblivious
to my discomfort, so I said yes, of course I would babysit her children. The
more time passed, the more she talked, the more embarrassed I was getting trying
to figure out a way to find out who she was without being rude…
Eventually she
asked if I’d prefer to go to her house to babysit or if I’d prefer to babysit
at my place. Immediately I said my place! (I didn’t even know who she was, let
alone where she lived).
And that was
it. She said goodbye and we disconnected, and I agreed to babysit 3 children,
overnight, not knowing at all who they were or who their parents were, just
because I couldn’t say no or simply ask for more information.
Que traços da tua personalidade te meteram mais em
sarilhos?
Nota 3: Enquanto estou em quarenta, e numa tentativa de impedir que o meu cérebro se transforme em papa vou tentar completar um desafio de escrita de 30 dias. Cada dia terá um tópico sobre o qual deverei escrever.
Muitos dos traços da minha personalidade me metem em sarilhos, ainda que muitas
vezes seja sarilhos comigo mesma, apenas na minha cabeça. No que diz respeito
ao mundo exterior, os traços de personalidade que mais me metem em sarilhos são
a incapacidade para dizer que não e o receio de pedir mais informação.
Há uns anos, a minha família tinha-se mudado para Maputo e eu estava a
viver sozinha. Um dia, a caminho do trabalho, recebo uma chamada de um número
desconhecido. Atendo e de imediato uma senhora muito simpática começa a falar
comigo como se nos conhecêssemos muito bem e acaba por me perguntar se estou
disponível para fazer babysitting das suas filhas no fim de semana.
Para dizer a verdade, ela disse o seu nome no início da chamada, mas eu assumi
que era outra pessoa, portanto falei com ela a pensar que era essa pessoa, e só
quando ela mencionou 3 crianças é que eu percebi que tinha de ser alguém
diferente… Entretanto já estávamos ao telefone há uns 10 minutos, e fiquei
completamente envergonhada com a situação e a imaginar-me a ter de lhe admitir
que não fazia a mínima ideia quem era.
Ela tinha utilizado o meu nome e mencionado pessoas que tínhamos em comum,
por isso eu sabia que não era engano… mas não fazia ideia quem pudesse ser. Ela
continua a falar, a perguntar quanto me devia pagar, se devia levar comida ou
se eu cozinhava, e eu tentava procurar na minha cabeça quem poderia ser.
Obviamente a pessoa confiava em mim o suficiente para me deixar as suas 3 filhas,
inclusive durante a noite, indo só busca-las na manhã seguinte e, claramente
parecia não se ter apercebido do meu desconforto, por isso disse que sim, que
claro que estava disponível para ficar com as miúdas. Quanto mais tempo passava
e mais ela falava mas petrificada eu ficava a tentar encontrar uma forma de
descobrir quem ela era sem ser desagradável…
Certo ponto ela perguntou se eu preferia ir para casa dela ou se preferia
fazer babysitting na minha casa. Imediatamente respondi que preferia na minha
casa! (Eu nem sabia quem ela era, quanto mais onde morava).
Ela concordou, despediu-se e desligou a chamada, e foi assim que concordei
ficar com 3 crianças, sem fazer a mínima ideia quem elas eram ou quem eram os
pais, só porque fui incapaz de dizer que não, ou simplesmente pedir mais
informação.
No comments :
Post a Comment