Nota: Versão portuguesa mais abaixo.
Today with the kids we talked about
values. There’s nothing new about it, we do it often, more than we probably
realise, the difference being that today that was the official topic of the
day.
Values. Day in and day out, they’re a big part
of our fight, probably the biggest part of them all, at least for me. I know I’m
way pass the age to be naïve, I know I should probably care a bit more about
numbers and results than I do, but truth is, the one thing I really care about
is the long term impact that our actions will have in these kids’ lives.
We want them to succeed in life, therefore we (try
to) teach them about honesty, forgiveness, justice, friendship, amongst so many
other core values we feel important, but how much thought do we put into it?
Our values are our beliefs, what we think is important in life. They determine
how we act and the way we interact with people, but how aware of it are we?
Do we even know what values we live by? It
sounds like a simple question, but after trying a couple exercises I realised
it is not. What I found out was that I can’t choose the top 3, top 5, not even
top 10 values that are most important for me. For one, because as I look at the
list in front of me I find hard to dissociate what I believe my values are,
from what I believe the other people identify as being my values. Of course
some would be the same, but others…. Isn’t that a common issue in life? That
the perception we have of ourselves doesn’t match the way other people see us? And
if our personal values represent who we are and who we want to be, can we
actually count as a value something that we haven’t achieved yet? What does it
really count as your value? Is it a belief you have and are able to shape your
actions after it or is it simply something you find important, even if you
haven’t necessarily found the best way to express it?
These values that I guide my life by, even if unconsciously,
are these really the values I want to pass along to the kids or are these just
the ones that were passed on to me and prioritized by my family, culture,
society?
What about my behaviour? Is my behaviour actually
consistent with the values I think I have? Promoting values is so much more
about sharing them with others, letting them experience their worth through
your actions, than just talking. So am I doing my part or am I preaching one
way and acting another?
A lot of the things we do and say are shaped by
our values and our beliefs, and often, those come so naturally to us and we don’t
even see them anymore. That can be positive in the sense that it makes us more
genuine, but when in our hands rely the very malleable minds of children,
shouldn’t we be more aware of what our message is?
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Valores
Hoje, com os miúdos, falámos
sobre valores. Nada de novo nisso, é um tema em que tocamos com mais frequência
do que aquilo que temos noção, a diferença é que hoje, esse era o tema oficial
do dia.
Valores. Dia após dia, os valores
representam uma grande parte do nosso trabalho, talvez a maior de todas, pelo
menos para mim. Sei que já passei a idade de ser ingénua, que provavelmente me
deveria preocupar um pouco mais com números e resultados para o meu próprio
bem, mas a verdade é que a única coisa que me interessa na verdade é o impacto
que, a longo termo, as nossas ações vão ter na vida destes miúdos.
Queremos que tenham sucesso, por
isso tentamos ensinar-lhes sobre honestidade, perdão, justiça, amizade, entre
tantos outros valores que consideramos importantes, mas quanto tempo perdemos a
pensar realmente sobre o assunto? Os nossos valores são as nossas crenças,
aquilo que acreditamos ser importante na vida. Eles determinam como agimos e a
forma como interagimos com quem nos rodeia, mas temos consciência da forma como
influenciam a nossa vida?
Será que conseguimos definir
quais os valores que nos guiam? Parece uma pergunta simples, mas depois de
tentar alguns exercícios percebi que na verdade não é. O que descobri foi que
não consigo eleger 3, 5, nem sequer os 10 valores mais importantes para mim.
Primeiro porque, olhando para lista torna-se difícil dissociar aqueles que
acredito serem os meus valores, dos valores que as outras pessoas vêem em mim.
Certamente alguns coincidirão, mas outros... (É um problema comum, a percepção
que os outros têm de nós não coincidir com a forma como nos vemos...). Por
outro lado, se os valores representam o que somos e quem queremos ser, podemos
contar como valores algo que consideramos importante mas ainda não atingimos? O
que conta na verdade como sendo um valor? Acreditar em algo que consideramos
importante e que influencia as nossas decisões ou simplesmente algo que
consideramos importante ainda que não saibamos ao certo como o expressar?
Estes valores que guiam a minha
vida, de forma mais ou menos consciente, serão mesmo estes os valores que quero
passar aos miúdos? Ou serão apenas estes os que me foram passados a mim e
priorizados pela minha família, cultura, sociedade?
E o meu comportamento? Será o meu
comportamento consistente com os valores que acho que defendo? A promoção de
valores, mais do que pela conversa faz-se na partilha com os outros, deixando
que percebam a sua importância através das nossas ações. Estarei eu a fazer a
minha parte, ou estarei a pregar uma direção e a seguir outra?
Muitas das coisas que fazemos e
dizemos são moldadas pelos nossos valores, que muitas vezes ocorrem de forma
tão natural que nem nos apercebemos. Isso pode ser positivo no sentido em que
nos torna mais genuínos e espontâneos, contudo, quando nas nossas mãos estão as
mentes tão maleáveis de crianças/jovens, não deveríamos ter mais claro qual é a
mensagem que queremos passar?
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