Nota: Versão portuguesa mais abaixo
“We like people for
what we want them to be, or what we think they are, more than for what they
truly are (….) we create static images, more or less uniform of ourselves and
others, but people are not uniform, they have emotions and complex motivations,
desires, fears, expectations, often contradictory, besides they are always
changing. "
Ivan Clemente [2016]
This is part of a series of posts inspired by real life people around me that at some point touched me with their words. For more information on this project click here.
Expectations. They are everywhere, they are our
own worst enemy and if we’re not careful they can undermine everything around
us. Expectations lead to frustration, and even though we hate them, we keep
forcing them on others. They're sneaky little things, we don't see them coming
until they're already too deep. Until we are faced with disappointment. It’s
not always conscious, but we create ideals in our heads that make very hard for
anyone to live up to. We put people in boxes, we label them, we try to
compartmentalize and keep it organized, but the thing is… people are
multidimensional, they have different sides to them, different emotions rise at
different times and no matter how long we’ve known someone, we can never 100%
predict how they will act at all times.
We often set ourselves up for heartbreak
because of the expectations we create. We judge people based on images we
created of them without their permission. We resent them for disappointing us
based on ideals they never agreed to live up to.
The more we like someone, higher are the
standards we set up for them. We put people we care about in pedestals until
it's impossible for them to do anything other than disappoint us, because
no-one is that constant, no-one is that perfect. So it's not surprising that
people we once loved are the ones who end up disappointing us the most, and
it's not always their fault, at least not completely.
Relationships are hard enough without the added
pressure. We need to learn how to let go of our expectations, to stop expecting
people to be perfect and just embrace who they truly are.
We use them against ourselves too.
Expectations. We develop characters based on other people’s expectations, based
on our own expectations. We become afraid to deviate from the pattern, to be
different. We disguise ourselves for so long, that eventually we forget who we really
are.
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
“Gostamos das pessoas por aquilo que queremos ou achamos que ela sejam,
mais do que por aquilo que elas são (…) Criamos imagens estáticas e mais ou
menos uniformes de nós e dos outros, mas as pessoas não são uniformes, têm
emoções e motivações complexas, desejos, receios, expectativas muitas vezes
contraditórias, e além disso estão sempre a mudar.”
Ivan Clemente [2016]
Este texto faz parte de uma série de publicações inspiradas por pessoas reais À minha volta, que em algum momento me tocaram com as suas palavras. Mais informações sobre este projecto aqui
Expectativas. Estão em todo o
lado, são o nosso pior inimigo, e se não tivermos cuidado podem minar tudo à
nossa volta. As expectativas levam a frustrações, e apesar de as detestarmos
continuamos a forçá-las àqueles que nos rodeiam. As expectativas são
sorrateiras, passam despercebidas e só damos por elas quando já é demasiado
tarde. Quando somos confrontados com a desilusão. Nem sempre é consciente, mas
criamos ideais na nossa cabeça, impossíveis para qualquer ser humano atingir.
Pomos as pessoas em caixas, rotulamo-las, tentamos categorizá-las e
organizá-las, mas o problema é que as pessoas são multidimensionais, têm facetas
diferentes, emoções que surgem em diferentes alturas, e não importa há quanto
tempo conheces alguém, nunca poderás antecipar a 100% as suas reacções.
Os nossos desgostos são muitas
vezes causados por nós próprios, devido às expectativas irreais que criamos.
Julgamos os outros com base em imagens que criamos deles sem a sua permissão.
Ressentimo-los por nos desiludirem com base em ideais que nunca concordaram
representar.
Quanto mais gostamos de alguém,
mais elevadas são as expectativas que criamos a seu respeito. Colocamos as
pessoas de quem gostamos em pedestais até ser impossível não nos desiludirem,
porque ninguém é tão constante, ninguém é tão perfeito. Por isso não é
surpreendente que as pessoas que em tempos amámos sejam as que acabam por mais
nos desiludir, e a culpa nem sempre é delas, pelo menos não completamente.
As relações humanas são
suficientemente difíceis sem essa pressão adicional. Precisamos de aprender a
abdicar das expectativas, de parar de esperar que os outros sejam perfeitos e
aceitá-los pelo que realmente são.
Também as usamos contra nós… as
expectativas. Desenvolvemos personagens baseadas nas expectativas dos outros
sobre nós, baseadas nas nossas próprias expectativas sobre o que devemos ser.
Temos medo de nos desviarmos do padrão, de ser diferentes. Mascaramo-nos
durante tanto tempo que chega a um ponto que já não sabemos quem realmente
somos.
No comments :
Post a Comment