Wednesday, June 15, 2016

Inspired by Ivan Clemente [2016]

Nota: Versão portuguesa mais abaixo


“We like people for what we want them to be, or what we think they are, more than for what they truly are (….) we create static images, more or less uniform of ourselves and others, but people are not uniform, they have emotions and complex motivations, desires, fears, expectations, often contradictory, besides they are always changing. "
Ivan Clemente [2016]


This is part of a series of posts inspired by real life people around me that at some point touched me with their words. For more information on this project click here.


Expectations. They are everywhere, they are our own worst enemy and if we’re not careful they can undermine everything around us. Expectations lead to frustration, and even though we hate them, we keep forcing them on others. They're sneaky little things, we don't see them coming until they're already too deep. Until we are faced with disappointment. It’s not always conscious, but we create ideals in our heads that make very hard for anyone to live up to. We put people in boxes, we label them, we try to compartmentalize and keep it organized, but the thing is… people are multidimensional, they have different sides to them, different emotions rise at different times and no matter how long we’ve known someone, we can never 100% predict how they will act at all times.
We often set ourselves up for heartbreak because of the expectations we create. We judge people based on images we created of them without their permission. We resent them for disappointing us based on ideals they never agreed to live up to.
The more we like someone, higher are the standards we set up for them. We put people we care about in pedestals until it's impossible for them to do anything other than disappoint us, because no-one is that constant, no-one is that perfect. So it's not surprising that people we once loved are the ones who end up disappointing us the most, and it's not always their fault, at least not completely.
Relationships are hard enough without the added pressure. We need to learn how to let go of our expectations, to stop expecting people to be perfect and just embrace who they truly are.
We use them against ourselves too. Expectations. We develop characters based on other people’s expectations, based on our own expectations. We become afraid to deviate from the pattern, to be different. We disguise ourselves for so long, that eventually we forget who we really are.


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“Gostamos das pessoas por aquilo que queremos ou achamos que ela sejam, mais do que por aquilo que elas são (…) Criamos imagens estáticas e mais ou menos uniformes de nós e dos outros, mas as pessoas não são uniformes, têm emoções e motivações complexas, desejos, receios, expectativas muitas vezes contraditórias, e além disso estão sempre a mudar.”
Ivan Clemente [2016]


Este texto faz parte de uma série de publicações inspiradas por pessoas reais À minha volta, que em algum momento me tocaram com as suas palavras. Mais informações sobre este projecto aqui


Expectativas. Estão em todo o lado, são o nosso pior inimigo, e se não tivermos cuidado podem minar tudo à nossa volta. As expectativas levam a frustrações, e apesar de as detestarmos continuamos a forçá-las àqueles que nos rodeiam. As expectativas são sorrateiras, passam despercebidas e só damos por elas quando já é demasiado tarde. Quando somos confrontados com a desilusão. Nem sempre é consciente, mas criamos ideais na nossa cabeça, impossíveis para qualquer ser humano atingir. Pomos as pessoas em caixas, rotulamo-las, tentamos categorizá-las e organizá-las, mas o problema é que as pessoas são multidimensionais, têm facetas diferentes, emoções que surgem em diferentes alturas, e não importa há quanto tempo conheces alguém, nunca poderás antecipar a 100% as suas reacções.
Os nossos desgostos são muitas vezes causados por nós próprios, devido às expectativas irreais que criamos. Julgamos os outros com base em imagens que criamos deles sem a sua permissão. Ressentimo-los por nos desiludirem com base em ideais que nunca concordaram representar.
Quanto mais gostamos de alguém, mais elevadas são as expectativas que criamos a seu respeito. Colocamos as pessoas de quem gostamos em pedestais até ser impossível não nos desiludirem, porque ninguém é tão constante, ninguém é tão perfeito. Por isso não é surpreendente que as pessoas que em tempos amámos sejam as que acabam por mais nos desiludir, e a culpa nem sempre é delas, pelo menos não completamente.
As relações humanas são suficientemente difíceis sem essa pressão adicional. Precisamos de aprender a abdicar das expectativas, de parar de esperar que os outros sejam perfeitos e aceitá-los pelo que realmente são.

Também as usamos contra nós… as expectativas. Desenvolvemos personagens baseadas nas expectativas dos outros sobre nós, baseadas nas nossas próprias expectativas sobre o que devemos ser. Temos medo de nos desviarmos do padrão, de ser diferentes. Mascaramo-nos durante tanto tempo que chega a um ponto que já não sabemos quem realmente somos.  

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