Nota: Versão portuguesa mais abaixo.
I like to believe that we have an impact in
this world and I try my best to have a positive one.
I want to make a difference, but I don’t always
know how, because I don’t know how to fight something that I don’t understand,
that I don’t get where it comes from.
I know it’s important to speak up, that it
helps, that we have to educate people, that being silent is (a big) part of the
problem… but where do I even start? How can I make people see something that
should be so obvious? How can I show someone that the color of someone’s skin
doesn’t define their personality? How do I teach them that someone’s sexual
orientation doesn’t make them better or worse people? How to stop them to make
superficial judgments?
I find it very hard to hear people’s arguments
to justify prejudice. To justify what doesn’t have a plausible justification. I
don’t even know where to start to reason with them, because I can’t stand their
arguments. Sometimes I have to stop listening, I need to block it out, which is
selfish, but I just can't even begin to understand how it is possible to hate
someone based on their origins, skin color, religion or sexual orientation.
How can people not see that we're all humans?
How can people justify double standards? How can you be against any form of love?
It is hard for me to admit that there’s such a long
way to go still… it’s amazing how often you hear racist and homophobic comments
from what should be educated people. In a lot of cases people aren’t even aware
of their prejudices. At first sight they are accepting, but then they let the
truth slip between their comments. People don’t realize the impact of their
words, they don’t even see they’re part of the problem.
I struggle with how to deal with this because I
know I can't force my principles on people, preaching to them won’t have any
real effect and I can’t simply change or try to control their minds.
I’m guilty of not always speaking up, I admit.
I don’t because it makes me mad, because I’m almost afraid of what I might
hear, because I fear to see sides of people I don’t really want to see. But we must
speak up, because ignoring the problem means to be part of it!
I don’t know how to deal with all the prejudice
that is still around us, I don’t know how to make people see that we are all
deserving of love, respect and acceptance, I don’t know how to make a change…
what I do know is that you can’t fight negativity with negativity. So until I find
a better solution I choose to focus on the bright side. Instead of focusing on
the dark voices, I choose to support those who are trying to have a positive
impact for these communities.
I can’t promise to change someone’s mind, but I
can vow to work hard so that the next generation sees immigrants, refugees, biracial
couples or LGBT’s rights as something so natural that vouching for them won’t
even be necessary. What I can do is commit myself to contribute to this cause
by making sure our kids contact with different cultures, learn about
diversified heroes, hear fairytales about same gender couples and non-stereotyped
families. By making sure diversity is such a natural part of their everyday
life that nothing else makes sense.
These should all be all non-issues by now. We
shouldn’t need to fight against racism or homophobia anymore, we shouldn’t need
to fight for equality. People should be able take it for granted. To feel safe,
accepted and loved as long as they respect others and treat them with kindness.
There are so many other complex subjects to worry about, this shouldn’t be one
of them. It’s sad, frustrating and most of the times even maddening, but if we
don’t give up, if we keep standing up for what we believe, what we know is
right, eventually change will happen.
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::.
Todos diferentes, todos
iguais
Quero acreditar que o que fazemos
tem impacto no mundo, e dou o meu melhor para que o meu impacto seja positivo.
Quero fazer a diferença, mas nem
sempre sei como, porque não sei como lutar contra algo que não entendo, que não
percebo de onde vem.
Sei que é importante falar, que
ajuda, que temos de educar as pessoas, que o silêncio é (grande) parte do
problema… mas onde começar? Como posso fazer alguém ver algo que devia ser tão
óbvio? Como posso mostrar que a cor da pele não define a personalidade de
ninguém? Como posso ensinar-lhes que a orientação sexual de alguém não faz dele
melhor ou pior pessoa? Como posso parar as pessoas de fazerem julgamentos tão
superficiais?
Custa-me muito ouvir raciocínios
para justificar preconceitos. Para justificar algo que não tem justificação possível.
Não sei sequer onde começar a racionalizar com essas pessoas, pois a verdade é
que não tolero os seus argumentos. Às vezes tenho de deixar de ouvir, simplesmente
bloqueio, o que é egoísta, mas é que não consigo de forma alguma perceber como
é possível odiar alguém com base apenas na sua origem, cor de pele, religião ou
orientação sexual.
Como é possível não verem que
somos todos humanos? Como acham aceitável direitos diferentes? Como se pode ser
contra alguma forma de amor?
É muito difícil para mim admitir
que ainda temos um caminho tão longo a percorrer… é impressionante a quantidade
de comentários racistas e homofóbicos que se ouve de pessoas supostamente
educadas. Grande parte das vezes as pessoas nem têm sequer noção dos
preconceitos que carregam consigo. À superfície são tolerantes, mas a certa altura a verdade acaba por escapar entre os seus comentários. As pessoas não têm noção
do impacto das suas palavras, nem se apercebem que são parte do problema.
Tenho dificuldade em lidar com
isto porque sei que não posso forçar os meus princípios a ninguém, porque
passar sermões não terá nenhum impacto real e porque não posso simplesmente
mudar ou tentar controlar a mente dos outros.
Sou culpada porque não falo
sempre que devia, admito. Não o faço porque me deixa fora de mim, porque receio as barbaridades que possa ouvir, porque quase
que tenho medo de descobrir facetas de pessoas que não quero descobrir… mas
temos de falar, porque ignorar o problema significa ser parte dele!
Nem sempre sei como lidar com
todos os preconceitos que ainda nos rodeiam, não sei como fazer os outros verem
que todos nós merecemos amor, respeito e aceitação, não sei como impulsionar a
mudança… o que sei é que não é possível combater negatividade com negatividade.
Por isso até encontrar uma solução mais eficaz escolho focar-me no lado
positivo. Em vez de me concentrar naqueles que descriminam escolho apoiar
aqueles que tentam ter um impacto positivo junto destas comunidades.
Não posso garantir conseguir
mudar a mente de ninguém, mas posso prometer que irei trabalhar para que a
próxima geração veja os direitos dos imigrantes, refugiados, casais bi-raciais
e LGBT como algo tão natural que defendê-los não será sequer necessário. O que
posso fazer é comprometer-me a contribuir para esta causa promovendo o contacto
das nossas crianças com culturas diferentes, ensinando-lhes sobre heróis variados,
lendo-lhes contos de fadas sobre casais do mesmo género e famílias não
estereotipadas. Garantindo que a diversidade é uma parte tão natural do seu
dia-a-dia que outra coisa nem fará sentido.
Estes problemas já não deviam
existir. Já não devia ser preciso lutar contra o racismo e homofobia, não devíamos
precisar de lutar por igualdade. Devia ser algo natural. As pessoas deviam
poder sentir-se seguras, aceites, amadas, desde que respeitassem os outros e os
tratassem com bondade. Existem tantos assuntos mais complexos com os quais nos devíamos
preocupar, este já não devia ser um deles. É triste, frustrante e muitas vezes
até enfurecedor mas não podemos desistir. Se continuarmos a lutar pelo que
acreditamos, pelo que sabemos estar certo, a mudança vai acabar por acontecer.
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