Nota: Versão portuguesa abaixo
When i was little I used to wonder how the
world would be if i had never been born.
It happened in different occasions, but I have
this clear vision of third grade me, sitting at the cafeteria, surrounded by
friends and teachers that I loved, and just wonder if anything would be any
different if I wasn’t there.
I’d shut my eyes hard, until all I could see
was pitch dark, in hopes the image would get clear. Much like toddlers, who
cover their eyes and believe no-one can see them, I thought maybe if I’d close
mine they wouldn’t see me.
I didn’t feel out of place, I wasn’t sad or
depressed, nothing really brought it up, I was just curious… I was simply a
kid, I hadn’t accomplished anything major, I hadn’t made a difference in the
world, I didn’t even know that many people, so how much difference could it
really make?
The answer for this question, I’d learn later,
is something I will never know.
I might find out how much losing someone can
change every little thing in one’s life, and I have. But that’s not the same as
knowing how never meeting someone can change the route of things.
As I said, I don’t really know what made me
have these thoughts, I guess I just always needed a purpose, I thought I needed
a reason to be here… alive. Merely living always seemed too simple, I was sure
there had to be something else, a bigger picture, some kind of mission.
Growing up was hard, feeling the years pass by
and not feeling any closer to finding out what my mission was, was daunting. For
a long time I was so worried I was wasting precious time that I ended up not
fully enjoying what I had in hands.
I’ve learned to slow down slightly. I’ve
realised, over the years, that while I worried I was wasting time, I was actually
having one of a kind experiences and growing myself up. And I may not be any
closer to finding out WHY I am here, but I dare to say I’m a little bit closer
to WHO I am.
What if I don’t need to look for a reason
anymore? What if, whatever my purpose is, I have being working it without even
knowing?
“Know your impact”
I was reading today about all the plans and ideas
we all have and how often, despite our best intentions and motivation, we get
stuck on “Where do I start?”. According to the author the answer was as simple
as “Know your impact” - find out the magnitude your actions, your existence,
has on the people around you, and take it from there. And it got me thinking
that maybe it’s not about finding a purpose and shaping our lives to it, maybe
it’s about looking into our lives and see what being ourselves is already
accomplishing.
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Conhece o teu impacto
Em pequena tinha por hábito
tentar imaginar como seria o mundo se eu nunca tivesse nascido.
Era algo que fazia com alguma
regularidade, mas lembro-me em particular de
um dia, na terceira classe, estar no refeitório, rodeada de amigos e
professores que adorava, e de tentar imaginar se alguma coisa seria diferente
se eu não existisse.
Fechava os meus olhos com muita
força, até não ver nada mas um denso manto preto, na esperança de conseguir
imaginar com mais clareza. Tal como um bebé que tapa os olhos e acredita que
ninguém o vê, pensava que talvez se
fechasse os meus também eu desaparecesse.
Não me sentia deslocada, não
estava triste nem deprimida, não tinha acontecido nada de particular, tinha
apenas curiosidade... era só uma criança, ainda não tinha feito nada de especial,
ainda não tinha contribuído com nada para o mundo, nem sequer conhecia assim
tantas pessoas, por isso também não podia fazer assim uma diferença tão grande,
certo?
A resposta a essa pergunta,
descobriria mais tarde, nunca iria encontrar.
Poderia até vir a descobrir como
perder uma pessoa pode mudar significativamente a nossa vida, o que se veio a verificar.
Mas isso é diferente de sabermos como é que o facto de nunca conhecermos uma
pessoa pode alterar o nosso caminho.
Não sei de onde vinham estes
pensamentos, acho que simplesmente sempre precisei de um propósito, pensava que
precisava de uma razão para estar aqui... viva. Meramente viver sempre me parecera
demasiado simples, estava certa que tinha de haver algo mais, uma espécie de
missão.
Crescer foi difícil, sentir os
anos a passar e não me sentir mais perto de descobrir qual era a minha missão
era aterrador. Durante muito tempo preocupei-me tanto em desperdiçar tempo que
acabei por não aproveitar o que tinha em mãos.
Eventualmente acabei por aprender
a abrandar um pouco. Aprendi, com os anos, que durante o tempo que achava que
desperdiçava, estava na verdade a viver experiências únicas e a crescer. E talvez
não esteja hoje mais próximo de descobrir PORQUE é que estou aqui, mas
atrevo-me a dizer que estou mais próxima de QUEM sou.
Acho que nunca vou deixar de
precisar de uma razão que justifique a minha existência, mas percebo agora que
talvez tenha de olhar para trás com uma perspectiva renovada.
E e não precisar de procurar uma
razão? E se, qualquer que seja o meu propósito, eu já o esteja a realizar sem
me dar conta?
“Conhece o teu impacto”
Hoje, estava a ler sobre todas as
ideias e planos que temos e que frequentemente, apesar das nossas intenções e
motivações, deixamos cair por terra porque ficamos presos no “Onde é que
começo?”. De acordo com o autor,
resposta é tão simples como “Conhece o teu impacto” – descobre a
magnitude que as tuas ações, a tua existência, tem nas pessoas à tua volta, e
começa ai.
Isso fez-me pensar que se calhar
não se trata de encontrarmos um propósito e moldar as nossas vidas a ele, se
calhar trata-se de olharmos para as nossas vidas e percebermos o que é que
sermos nós mesmos já atingiu.
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