Note: Portuguese below.
How many of us, at some point in life, have
felt the need to find themselves? For some it happens in teenage years, or
after college, for some much later, maybe masked as a mid-life crisis, but
sooner or later, chances are we will go through it.
Perhaps we don’t. Perhaps it was never really
lost to begin with, perhaps it is just disguised under cultural conditioning, society’s
opinion and inaccurate self-judgment we’ve developed over the years.
Who were you has a child? What did you believe
in, what made you tick prior to being led to be who the world thought you
should be?
Losing yourself usually happens when, consciously
or unconsciously, you let the world change you in ways that force you to do or
be what you should do/be, instead of doing what you truly want and being who
you really are.
We are not the same people we were when we were
children, we’ve lost innocence, we’ve changed, we’ve grown… but is our core
really that much different? Our hopes and dreams may have developed, but how
distant are they from where they originally started?
What if we have it wrong from the start? What
if we don’t need to find ourselves? What if what we do need is to follow the
path that will help us create ourselves, starting from the naïve children we
were and taking in consideration each and every defining experience we have
had?
There’s this mystic notion of finding
ourselves, like a magical quest that will end up in a perfect place where all
the answers are found and we are immerse in an unbroken sense of tranquility,
but what if the goal is not the destination, but the journey?
We see this process of soul-searching as a need
to redefine ourselves, but what if the ultimate goal is not to become anything
different, but to go back to our roots and embrace who we were meant to be in
the first place? New beginnings and fresh scenarios will be helpless if you don’t
allow yourself to look inside, accept who you are and what you want to become.
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Quantos de nós, em algum momento
das nossas vidas, sentimos a necessidade de procurar o nosso verdadeiro “eu”? A
alguns acontece na adolescência, ou a seguir à faculdade, para outros bastante
mais tarde, às vezes até disfarçada de uma crise de meia-idade. Seja em que
altura for, o mais provável é passarmos por isso.
A questão é, o que é que isso
significa? Como é que perdemos o nosso “eu”? Não é um objecto que possamos
deixar para trás, esquecido num canto qualquer, então como é que o perdemos? E
mais importante ainda, como é que o encontramos?
Se calhar não encontramos. Se
calhar na verdade nunca o perdemos, se calhar o nosso “eu” está só escondido
por baixo de camadas de condicionantes culturais, opiniões da sociedade e
julgamentos negativos que fomos desenvolvendo sobre nós mesmos ao longo dos
anos.
Quem eras enquanto criança? No
que é que acreditavas? O que é que fazia o teu coração bater mais forte antes
de te sentires forçado a ser aquilo que o mundo esperava que fosses?
Este processo de perda do nosso “eu”
normalmente acontece quando, consciente ou inconscientemente, deixamos o mundo
influenciar-nos de tal forma que passamos a fazer e a ser o que é suposto, em
vez daquilo que verdadeiramente queremos e/ou somos.
Não somos as mesmas pessoas que
éramos enquanto crianças, perdemos inocência, mudámos, crescemos… mas será o
nosso core assim tão diferente? As
nossas esperanças e sonhos podem ter-se desenvolvido, mas estarão assim tão
distantes dos originais?
E se estivermos a ver isto tudo
de forma errada desde o início? E se não precisarmos de nos encontrar? E se
tudo o que precisamos é seguir o caminho que nos ajude a criar o nosso “eu”,
partindo da criança inocente que fomos e tendo em consideração todas as
experiências significativas que tivemos ao longo da vida?
Há uma mística enorme à volta
desta ideia de procura interior, como se tratasse de uma caça ao tesouro mágica
que termina num lugar perfeito onde encontramos todas as respostas e estamos
imersos num inabalável sentimento de tranquilidade, mas e se o objectivo não
for o destino final, mas sim o caminho?
Vemos este processo de procura
interior como uma necessidade de nos redefinirmos, mas se calhar o que
precisamos não é de nos tornarmos em algo diferente, mas sim voltarmos às
origens, e abraçarmos aquilo que sempre soubemos ser. Recomeços e mudanças de
cenário são inúteis se não estivermos dispostos a olhar para dentro de nós, e
aceitar quem somos e o que queremos ser.
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