Thursday, November 10, 2016

The day after the morning after / O dia depois da manhã seguinte

Nota: Versão portuguesa mais abaixo.

Now that the information has sunk in let’s move forward.

Let’s not condemn a man for hateful speech and then proceed to bully those who used their rights to vote for him. Let’s not dwell on what has been done, let’s focus on the things we can actually impact. Let’s improve intercultural dialogue, let’s close the gap in gender opportunities, let’s teach our children about LGBTQ rights, women rights, minorities rights… HUMAN rights.

Let’s make our voices louder than a single voice in the office. Let’s put last night’s results aside and think how we can prevent the nightmare we fear to become real.  Let’s use these feelings we have bubbling up inside to fuel us to be more active in creating the change and the world we want to see. Let’s educate our people, our children so that in years to come they don’t have to choose between the less of two evils. Let’s promote tolerance and acceptance so that one day we all see each other as equals.  Let’s teach our boys and girls to respect one another, to appreciate women AND men, to value people for their words and actions, instead of their gender, color or sexual orientation.

Let’s remember that more than worrying about all of these during election days/years we need to worry about it and work on it every single day, as only then change will happen.

Let’s watch our words, be aware of the discrimination or hateful slips we might let out here and there and make a conscious effort to correct them. Let’s be positive, but let’s act! Let’s be more than a critic voice in the background, let’s find ways to be actively involved and change the system, even if it’s little by little, even if it seems it’s too irrelevant to matter.

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O dia depois da manhã seguinte

Agora que a informação assentou vamos seguir em frente. 

Não vamos condenar um homem pelo seu discurso de ódio e de seguida atacar aqueles que utilizaram os seus direitos para votar nele. Não vamos chorar pelo leite derramado, vamos antes focar-nos naquilo que realmente podemos mudar. Vamos incentivar o diálogo intercultural, vamos reduzir a diferença de oportunidades entre géneros, vamos ensinar às nossas crianças os direitos da comunidade LGBTQ, os direitos das mulheres, os direitos das minorias... os direitos HUMANOS. 

Vamos fazer com que as nossas vozes ecoem mais alto do que uma voz sozinha num gabinete. Vamos por os resultados de ontem à noite de lado e pensar como podemos prevenir que o pesadelo que tanto tememos se torne realidade. Vamos usar estes sentimentos que temos a borbulhar cá dentro para nos motivar, para nos tornarmos mais activos na criação da mudança e do mundo que queremos ver.

Vamos educar o nosso povo, as nossas crianças para que nos próximos anos não tenham de escolher entre o menor de dois males. Vamos promover a tolerância e o respeito para que um dia nos vejamos a todos como iguais. Vamos ensinar os nossos meninos e meninas a respeitarem-se mutuamente, a valorizar mulheres E homens, a respeitar as pessoas pelas suas palavras e acções, e não pelo seu género, cor de pele ou orientação sexual. 
Vamos manter em mente que mais do que nos preocuparmos com tudo isto em dia/ano de eleições, temos de nos preocupar com isto e trabalhar para esta mudança todos os dias, pois só assim ela será possível. 

Vamos ter atenção às nossas palavras, ser conscientes dos descuidos discriminativos que deixamos escapar aqui e ali, e fazer um esforço consciente para corrigi-los. Vamos ser positivos, mas vamos agir! Vamos ser mais do que uma voz crítica em segundo plano, vamos encontrar maneiras de nos envolvermos activamente e de mudar o sistema, mesmo que seja pouco a pouco, mesmo que pareça demasiado irrelevante para importar. 

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