Nota: Versão em português mais abaixo.
I miss the long summers, playing outside,
camping in the garden for weeks, going on holidays with anyone that would take
me just to return bursting with delight to go back to school. I miss all the
drama at school, getting overattached to teachers, thinking that not getting a
good grade was the end of the world, truly believe that if I just worked hard
enough I could do anything, be anything I wanted.
I miss trying to surprise my parents with
little treats, while they acted like they didn’t know what I was up to for
ages. Or pretending to fall asleep 2 minutes before getting home just to be
carried inside and get away with it, even though we both knew I was tricking
them.
I miss the simplicity of life. Everything was
black or white, good guys or bad guys, right or wrong. Simple and easy. When I
blindly trusted people and the world, when I believed with all my heart that
the friend I made in 1st grade would be my best friend for life.
I miss
waking up crazy early on Saturdays for no reason, just to watch WWE with my
older brother, followed by some glorious marathon of cartoons that ended right
before lunch. I miss the times when fantasizing and daydreaming where
acceptable and encouraged, when the biggest conflict of the day was over who
would be the Pink or the Yellow Power Ranger while we played.
I miss the certainties and undeniable truths.
Believing in my causes and friends 100% , no place for doubt. Trusting that as
long as I followed the rules everything would worked out as planned. Not being
aware of the unpredictability of life. Not knowing death.
I miss having no sense of fear of getting hurt,
which usually resulted in scrapped knees to be used as proud badges. I miss
being with friends 8h/day for at least 5 days/week and still never be enough.
The birthday parties that always turned into major sleepovers. Laughing for no
reason, especially at bed time when parents would threaten “If I hear one more
noise...”
I miss the fights with my brothers that simply
showed how close we were. How my older brother would manage to scare me every
single time, even though I knew he was about to do it. How my little brother
used to be one of the only people to drive me crazy.
I miss the sense of novelty, how big everything
looked, the excitement about… everything really! Going to the mall, going out
for dinner, having friends over, opening Christmas presents. Everything was
thrilling and exhilarating.
I miss the sense of safety, trusting that
regardless how bad it got your parents could fix it. Running back to mom when
things got tough. I miss curling up and cuddling when I was upset or ill,
sneaking into my parents’ bed when I was woken by night terrors, times when a
hug could fix everything in just seconds.
I miss being naïve, how easy it was to make me
believe. Like when I tried to call Santa on a number I found on a children’s
book. I miss believing in Santa and Easter Bunny, I even miss when I was only
pretending to believe them. I miss how easy it was to make me happy.
I miss the really big family meetings that will
never be the same. I miss not caring about time or distance. I miss having all
the people I love and care about in a close distance. What I'm not missing is
how this only shows how blessed I am for having so many great memories to miss.
Do que mais tens saudades da tua infância?
Tenho saudades dos Verões longos,
passados a brincar lá fora, a acampar no quintal durante semanas, de ir de
férias com quem quer que me levasse para depois regressar a casa desejosa de
voltar à escola. Tenho saudades dos dramas da escola, de me vincular demasiado
aos professores, de pensar que não uma nota boa era o fim do mundo, de
acreditar mesmo quando me diziam que se me esforçasse podia fazer ser o que
quisesse.
Tenho saudades de tentar fazer
surpresas aos meus pais, enquanto eles fingiam que não sabiam o que eu estava a
planear. Ou de fingir que adormecia no carro 2 minutos antes de chegarmos a
casa só para que me levassem ao colo, e disso resultar, embora eles soubesse
que não era verdade.
Tenho saudades da simplicidade da
vida. Era tudo preto ou branco, pessoas boas ou pessoas más, certo ou errado.
Tenho saudades dos tempos em que confiava cegamente nas pessoas e no mundo, em
que acreditava com todo o meu ser que aquele amigo que tinha feito na primeira
classe seria o meu melhor amigo para o resto da vida.
Tenho saudades de madrugar aos
sábados sem nenhuma razão, a não ser ver WWE com o meu irmão mais velho,
seguido de uma maratona de desenhos animados que durava até à hora do almoço.
Tenho saudades dos tempos em que fantasiar e sonhar acordada era aceitável e
encorajado, quando o maior conflicto do dia era sobre quem seria o Power Ranger
Rosa ou o Amarelo nas brincadeiras.
Tenho saudades das certezas, das
verdades absolutas. De acreditar nas minhas causas e nos meus amigos a 100%,
sem espaço para dúvidas. De confiar que desde que seguisse as regras tudo ía
correr bem. De não estar consciente da morte.
Tenho saudades de não ter medo de
me magoar, o que normalmente resultava numa enormidade de joelhos esfolados e
nódoas negras que era usados como medalhas de honra. Saudades de estar com os
meus amigos 8h/dia pelo menos 6 dias/semana e de ainda assim isso não ser
suficiente. Das festas de aniversário que inevitavelmente se transformavam em
festas do pijama. Dos ataques de riso sem razão, principalmente quando os pais
faziam as típicas ameaças “Se eu ouvir mais um piu…”
Tenho saudades das brigas
constantes com os meus irmãos, que na verdade só mostravam como éramos
próximos. De como o meu irmão mais velho me conseguia assustar sempre, mesmo
quando eu sabia onde ela estava escondido e o que estava prestes a fazer. De
como o meu irmão mais novo era das poucas pessoas que me conseguia tirar do
sério.
Tenho saudades do sentimento de
novidade constante, de como tudo parecia maior, da excitação… por tudo e por
nada, na verdade! Ir ao Centro Comercial, jantar fora, ter visitas de amigos,
abrir os presentes de natal. Era tudo tão emocionante e divertido.
Tenho saudades do sentimento de
segurança, de confiar que acontecesse o que acontecesse os pais resolveriam a
situação. De correr para a mãe quando as coisas ficavam difíceis. Saudades de
ter um colo quando estava triste ou doente, de fugir para a cama dos meus pais
quando acordava com terrores nocturnos, dos tempos em que um colo resolvia tudo
em segundos.
Tenho saudades da ingenuidade, de
como era fácil fazer-me acreditar. Como daquela vez que tentei ligar ao Pai
Natal pelo número que encontrei num livro d’A Anita. Saudades de acreditar no
Pai Natal e no Coelho da Páscoa, e até mesmo dos tempos em que já só fingia
acreditar. Saudade de acreditar que tinha uma passagem secreta no meu armário
que me levava à China. Saudades de como era fácil fazer-me feliz.
Tenho saudades das reuniões de
família realmente grandes que nunca mais serão as mesmas. Saudades de não me
preocupar com tempo ou distância. Saudades de ter todas as pessoas de quem
gosto por perto.
Saudades, muitas, mas a conclusão
que tiro destas saudades todas é da sorte que tenho por ter tantas memórias
boas para sentir falta.
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