Sunday, September 14, 2014

Returning home/Regresso a casa


Being back home feels nice. I think it always does after you’ve been away for a long time, at least for a while…

You get to see all your friends again, see how much or how little things have changed. You get to let yourself be comforted with feeling that getting settled back in your world is still surprisingly easy, despite all the time you’ve been away.

It’s interesting to see how different things are from the first time you left. The excitement of having you back is still the same, but people didn’t seem to panic so much with your absence this time. It’s not like they care less, but it’s almost like they’re starting to learn that you can’t be held for too long in the same place. 

The transition is also smother for yourself you think. Now that it’s your second time returning home, now that you already know what to expect, now that being torn between wanting to be in 2 (or more) places at the same time doesn’t take you by surprise anymore, now that you came to peace with the fact that you’ll probably never be able to have all the people you care about in the same country, not even in the same continent for all that matters!

It’s a brilliant opportunity to go abroad, to have a chance to reinvent yourself (even if you often come to the conclusion that somehow you always end up with the same roles), to be challenged, to be appreciated, to live. Returning home doesn’t have to be the end of it though. How you disseminate your experience, how you share your stories with your friends and family, how you inspire people to find out more about other cultures, that’s all still part of it, and that’s why it’s still very exciting to return home everytime, at least for a while…

Everything has a cost, so you do miss some things – the people, the places, the routines, even the language that used to drive you mad – but you never really leave them behind, they just become one more thing you carry around every day, wherever you go.

It’s a though lesson, it’s not always easy, but you learn to cope with the distance. You move on with the hope that one day your paths will meet again and with a promise that if you can’t have them all with you at all times, you make the best of every moment you get together.



Regresso a casa

Voltar a casa sabe bem. Acho que sabe sempre bem quando estás fora uma temporada longa, pelo menos por uns tempos…

Vês os teus amigos novamente, vês como as coisas mudaram tanto ou tão pouco. Sentes o conforto que vem quando percebes que a reintegração no teu mundo ainda é fácil, apesar de todo o tempo que estiveste longe.

É interessante ver como as coisas são diferentes desde a primeira vez que partiste. O entusiasmo de te ter de volta é o mesmo, mas as pessoas já não parecem entrar tão em pânico com a tua ausência como antes. Não é que se importem menos, é quase como se começassem a perceber que não te podem prender por muito tempo no mesmo sítio.

Para ti a transição também é mais fácil, apercebeste. Agora que é a segunda vez que retornas a casa, agora que já sabes o que esperar, agora que o facto de te sentires dividida entre querer estar em 2 (ou mais) sítios ao mesmo tempo já não te surpreende, agora que aceitaste que provavelmente nunca vais conseguir ter todos aqueles de quem gostas no mesmo país, nem sequer no mesmo continente!

Ir para fora é uma oportunidade brilhante, poderes reinventar-te (mesmo se depressa te apercebas que acabas sempre com os mesmos papeis), de te desafiares, de seres apreciada, de viver. Regressar a casa não tem de ser o fim de tudo isso. Como tu divulgas a tua experiência, como partilhas as histórias com amigos e família, como inspiras os outros a descobrirem novas culturas, tudo isso faz parte, e é por isso que é sempre interessante regressar a casa, pelo menos por uns tempos…

Tudo tem um preço, por isso tens saudades de algumas coisas – das pessoas, dos sítios, das rotinas, até mesmo da língua que te costumava deixar de cabelos em pé – mas nunca as deixas para trás, tornam-se apenas mais uma coisa que carregas contido todos os dias, onde quer que vás.

É uma lição difícil, nem sempre é fácil, mas aprendes a viver com a distância. Segues o teu caminho com a esperança que um dia as vossas histórias se cruzem novamente, e com a promessa que, se não podes ter toda a gente contigo a toda a hora, aproveitarás ao máximo cada momento que tenham juntos. 

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