Nota: Versão portuguesa mais abaixo
People walk around like they have everything
figured out, like they know what they’re doing, but in reality very little are
that sure of where they’re headed… They may feel certain, but a lot of that
certainty fades away when suddenly the option for a detour comes along.
Detours - the unpredictable choices that can
come at the most unexpected times and have the power to change the route of a
lifetime. Yes, life is made of choices, some well-planned and thought through
and others that you make in the heat of the moment...
We’ve all heard it say “don’t make decisions
when you are upset, sad, jealous or in love”, but aren’t exactly those the
times when everyone wants to make them? When they want to change? It is easy to
say give it time, think carefully, but people are afraid every time they don’t make a decision they’re
wasting a portion of their life living it in a way they don’t want to. People
are afraid that by not making a choice they are choosing the wrong road.
People go through life on automatic mode – they
go to work, they go home, they ran their errands, they eat, they sleep and then
the next day they start all over again. And in the commotion of everyday, sometimes
they forget to nurture their relationships. It doesn’t necessarily means they
don’t care about each other, or that they don’t value the ones they love it is
just easy to get sucked into the everyday craziness and take what they have for
granted.
There are so many layers to each of us, more
than we can even recognize, and as if that wasn’t enough we add some masks.
There are very little people who simply are who they are, who are open books,
at least full time. When trouble strikes and doubt hovers it is very hard not
to go into hiding. Masks don’t exist necessarily because people want to deceive
each other, a lot of times they’re the result of our human instinct. Sometimes people
use them to protect themselves, sometimes they used them to protect the ones they
love.
That’s the thing about choices and decisions,
they rarely affect only the person making them. Everything we do and everything
we are has the power to impact people around us, and that knowledge is what
sometimes prevents people to take a leap.
Which brings us back to the masks. People put
on their masks in order to be able to keep up with everyday life, to push
forward on the planned route, to try to avoid the detours and honour their responsibilities,
but while their hiding their needs from others (sometimes even from themselves)
they break the connection, the one thing they truly need. Gaps start widening,
people get more vulnerable and that’s when often they see themselves faced with
temptation.
That’s when everything gets tricky, that’s when
sometimes good people make the wrong call, that’s when people can get hurt or
hurt someone unintentionally.
They say make the choices that make you happy. The
challenge is knowing which ones truly will.
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Escolhas
A olho nu todos parecem ter a sua
vida planeada e saber o que estão a fazer, contudo, olhando mais de perto vejo
que poucos têm verdadeiramente a certeza do caminho que seguem... Talvez pensem
que sim, mas grande parte dessa certeza se dissipa quando se confrontam com um “desvio”.
“Desvios” – as escolhas
improváveis que aparecem nos momentos menos esperados, e que têm o potencial de
mudar o rumo de uma vida. A vida é feita de escolhas, algumas bem ponderadas e
outras que se fazem no calor do momento...
Já todos ouvimos dizer que “não
se deve tomar decisões quando se está zangado, triste, com ciúmes ou apaixonado”,
mas não é exactamente nessas alturas que todos querem tomá-las? Não é nesses
momentos que as pessoas querem mudar?
É fácil dizer para dar tempo ao
tempo, pensar com calma, mas a verdade é que as pessoas têm medo que de cada
vez que não fazem uma escolha estejam a desperdiçar uma porção da sua vida a
vivê-la de forma que não querem. As pessoas têm medo que ao não tomarem uma
decisão estejam a tomar a decisão errada.
Tanta gente vive em modo
automático – vão para o trabalho, regressam a casa, fazem as suas tarefas,
comem, dormem e no dia seguinte começam tudo de novo - e nesta agitação do
quotidiano às vezes esquecem-se de nutrir as suas relações. Não significa
necessariamente que não se preocupem com os outros, ou que não valorizem as
pessoas que gostam, é apenas fácil ser sugado pelo ritmo acelerado do dia-a-dia
e tomar como certo o que têm.
Existem tantas facetas numa só
pessoa, mais do que às vezes conseguimos identificar, e como se isso não fosse
suficiente, ainda há a tendência para usarmos máscaras. Muito poucas pessoas
são exactamente aquilo que mostram, livros abertos, pelo menos o tempo todo.
Quando os problemas atacam e as dúvidas começam a borbulhar torna-se difícil as
pessoas não se esconderem. Estas máscaras não existem necessariamente porque as
pessoas querem enganar os outros, muitas vezes resultam dos seus instintos
humanos. Às vezes as pessoas usam-nas para se protegerem a si próprias, outras
vezes para protegerem aqueles que amam.
Esse é o problema das escolhas e
decisões, raramente afectam só a pessoa que as toma. Tudo o que fazemos, e tudo
o que somos tem o potencial de impactar quem nos rodeia, e é essa consciência
que por vezes impede as pessoas de arriscar.
O que nos traz de volta às
máscaras. As pessoas escondem-se atrás de máscaras de forma a conseguirem
continuar com as suas vidas, forçar-se a seguir o plano traçado, evitar os
desvios e honrar as suas responsabilidades, mas enquanto escondem as suas
necessidades (às vezes até de si mesmos), quebram as relações com os outros,
perdem a intimidade, a única coisa que realmente precisavam. É nesse momentos
que as brechas se começam a alargar, que
as pessoas se tornam mais vulneráveis e que muitas vezes são confrontadas com a
tentação. É aqui que tudo se complica, que por vezes boas pessoas tomam
decisões erradas, que uns se magoam e outros são inadvertidamente magoados.
Dizem que uma pessoa deve fazer
as escolhas que a deixam feliz. O desafio é saber quais é que elas são.
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