Thursday, October 12, 2017

"I guess we're adults. The question is, when did that happen, and how do we make it stop?"*

Nota: Versão portuguesa mais abaixo.



There aren’t treasure hunts in the morning to find birthday gifts anymore, there aren’t cakes or beautiful crafted invitations, there aren’t big parties with spontaneous (however reoccurring) sleepovers, there isn’t an arc full of dress up clothes in the attic nor embarrassing videos to later laugh about. There aren’t expectations about what skills I will suddenly develop overnight (like when my cousin Miriam promised me I would be able to whistle once I turned 6… biggest disappointment of my life on that early morning of 1993).

A lot has changed since those times when we waited anxiously for the digits to become higher and higher, believing that reaching them would magically make us stronger, wiser, better…

The mystic of birthdays and magic numbers becomes clouded with the arrival of the teenage years. When the once happy, carefree, naïve kid realises there are too many shades of grey in a world she believed was black and white.

It is only natural that as we grow older, it becomes harder to just believe. We become so much more 
aware of ourselves and the world around us that as much as we’d like to go back to the fairytale land we just can’t.

For a while you lose faith, you feel betrayed, not sure by whom, perhaps the whole society that led you to believe the world was always a nice place to be in. You blame those who told you that all you had to do was your best and things would turn out alright, you curse at yourself for being so naïve. Frustration eventually takes over when you realize that trying hard, doing your best, isn’t always enough, when you realize life isn’t fair and perfect people don’t exist. The world tells you that it’s just a phase, that things will get better, that YOU will get better, but waiting for things to change seems such a waste of time!

Until one day you realize that life may get different, but it doesn’t get easier… and somehow that realization frees you, because you realize you don’t have to wait for it to get better, you just have to put one foot in front of the other and live to the best of your abilities. It’s empowering really, because it means YOU are in charge. You don’t need to wait for some predesigned plan to fall into place, You make the plan and YOU remake it as many times as you need until it fits YOU and YOUR life. You take ownership of your own destiny, and it makes you stop running from yourself and your feelings, it makes you stop with the excuses…  Because yes, there are things you can’t control, big, terrible, unfair things you can’t control, but life is so much more than that.

You learn to pick your fights. Not just the world, but with yourself. You reexamine your weaknesses and turn them into strengths. You discover that you can speak softly and still be heard and more importantly you learn to respect and appreciate yourself. A new found peacefulness is discovered, a sense of tranquility that allows you to find your voice, and use it in YOUR own way.

I’ve always have this fear that one day people are going to discover that I'm not as great as they once thought I was, and I’d be lying if I said that was gone. The difference is that it used to consume me, but over time I’ve realized I can’t beat it, I can’t push it away, what I can do is let it drive me to become a better person instead of dragging me back.

And this takes us back to the beginning…

There aren’t huge gatherings of people anymore, nor parties that take longer to plan than the actual event, but what there’s still is is loads of love going around!

Birthdays mean whatever we want them to mean. For some people it’s a time to reflect and make decisions about the future, for others it’s simply about enjoying the moment, some suffer when the numbers start to pile on, others proudly flaunt the experiences they’ve gathered through time… for me birthdays are a nice excuse to take a moment out of our busy lives to appreciate the people we care about.

Albert Pike said “What we do for ourselves dies with us. What we do for others and the world remains and is immortal” so for me, more than my perception of what I’ve achieved or not I trust on this proclamations of love and friendship to assess what I’m doing with my life. And the feedback is overwhelming. When the love comes from every corner of the world (Poland, USA, Slovakia, UK, Mozambique, Sri Lanka, Philippines, Brazil, Ireland... just to name a few) you got to think you must be doing something right!

So I guess it doesn’t matter how big the numbers are, how many of your wild dreams you’re yet to achieve or how far you are from the life you once thought you would live… what matters is the journey and the lives you’ve touched along the way…. And from where I’m standing it’s looking pretty damn good, so let’s keep them coming!



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“Parece que somos adultos. A questão é, quando é que isso aconteceu e como é que o paramos?”*


Já não há caças ao tesouro de madrugada para procurar os presentes. Já não há bolos de aniversário ou convites feitos à mão. Já não há grandes festas que acabam invariavelmente num molho de gente a dormir no chão. Já não há uma arca de fantasias nem vídeos embaraçosos para mais tarde recordar. Já não há a antecipação de descobrir que “talentos” vamos desenvolver subitamente por ficarmos um ano mais velhos (como quando a minha prima Miriam me disse que quando fizesse 6 anos ia aprender a assobiar... maior desilusão da minha vida essa manhã de 1993). 

Muita coisa mudou desde os tempos em que esperávamos ansiosamente para que os números ficassem cada vez maiores, acreditando que alcançá-los nos tornaria magicamente mais crescidos, espertos, melhores... 

A mística que envolvia os aniversários e a magia dos números começou a desvanecer-se com a chegada da adolescência. Quando a criança outrora inocente e feliz se apercebe que há mais tons no mundo para além do preto e branco. 

É natural, que há medida que crescemos se torne mais difícil de acreditar. Tornamo-nos mais conscientes de nós mesmos e do mundo há nossa volta e por mais que queiramos não conseguimos voltar para a terra dos contos de fadas. 

Por momentos perdes a fé, sentes-te atraiçoado, não sabes bem por quem, talvez pela sociedade no geral, que te levou a acreditar que o mundo era sempre um sítio bom. Culpas aqueles que te disseram que tudo que tinhas de fazer era dar o teu melhor e tudo correria bem, chateias-te contigo mesmo por teres sido tão ingénuo. A frustração acaba por vir ao de cima quando te apercebes que a vida não é justa e que não existem pessoas perfeitas. O mundo diste que tudo não passa de uma fase, que tudo vai ficar bem, que TU vais ficar bem, mas esperar que as coisas mudem parece uma perca de tempo tão grande! 

Até que um dia chegas à conclusão que a vida pode mudar, mas não vai ficar mais fácil... eestranhamente essa conclusão liberta-te, porque percebes que não tens de continuar à espera que a vida melhore, que tens simplesmente de por um pé em frente ao outro e viver o melhor que podes. É refrescante na verdade, porque significa que tu estás no comando! Que não tens de esperar para que um plano divino se concretize, és TU quem faz o plano, e podes refazê-lo quantas vezes sejam precisas para que se adeqúe a ti e à tua vida. Tomas controlo do teu destino, e isso faz com que tenhas de parar de fugir de ti mesmo e dos teus sentimentos, obriga-te a por um fim às desculpas... Porque sim, há coisas que não podes controlar, coisas grandes, terríveis e injustas que não podes controlar, mas a vida é muito mais do que isso. 

Aprendes a escolher as tuas lutas. Não apenas com o mundo, mas contigo mesmo. Reexaminas os teus pontos fracos e transforma-los em pontos forte. Descobres que para ser ouvido não é preciso gritar e mais importante, aprendes a respeitar-te a ti mesmo. Uma paz interior é descoberta, uma sensação de tranquilidade que te ajuda a encontrar a TUA voz, e a usá-la à TUA maneira. 

Sempre tive medo que um dia as pessoas descubram que não sou tão especial como um dia pensaram ser, estaria a mentir se dissesse que venci esse medo. A diferença é que esse pensamento me costumava consumir, com o tempo percebi que não consigo vencê-lo, o que posso fazer é usá-lo como motivação para me tornar uma pessoa melhor, em vez de o deixar limitar-me

E isso traz-nos de volta ao início... 

Já não há ajuntamentos enormes de pessoas, ou festas que demoram mais tempo a planear do que a festa propriamente dita, o que há ainda é muito amor! 

Os aniversários significam aquilo que nós quisermos que signifiquem. Para algumas pessoas é um momento de reflexão e de fazer decisões sobre o futuro, para outras servem simplesmente para aproveitar o momento, alguns sofrem ao ver os números a crescer, outros exibem orgulhosamente as experiências vividas ao longo dos anos... para mim os aniversários são desculpas para tirarmos um momento das nossas vidas ocupadas para darmos valor às pessoas que nos rodeiam e de quem gostamos. 

O Albert Pike disse “o que fazemos por nós morre connosco. O que fazemos pelos outros e pelo mundo fica e é imortal”, por isso para mim, mais do que a minha percepção sobre o que atingi ou não, gosto de usar estes momentos e estas declarações de amizade e carinho para perceber realmente o que tenho andado a fazer com a minha vida. E o feedback tem sido fantástico! Quando o carinho vem de todos os cantos do mundo (Polónia, EUA, Eslováquia, Reino Unido, Moçambique, Sri Lanka, Filipinas, Brasil, Irlanda... apenas para dizer alguns) pensas, devo estar a fazer alguma coisa certa!

Por isso, acho que não interessa se os números são grandes ou pequenos, quantos sonhos extravagantes ainda estão por atingir ou como estás longe da vida que sempre pensaste ter... o que interessa é a viagem e as vidas que tocas pelo caminho... E daqui de onde estou, a vista é óptima, por isso que venham muitos mais!

*(Ellen Pompeo as Meredith Grey In Grey’s Anatomy s01e05)

1 comment :

anneetromp said...

The realization you have accumulated and developed a stash of wisdom, that's my idea of recognizing adulthood. Progress is inevitable, be it good or not so good. The progress you have made, the wisdom you have learned and imparted, the peoples hearts you have touched; for one so young in years you really are a remarkable human bean!!