Note 1: While being quarantine, in an effort to try to prevent my brain to turn into mush I'll try to complete a 30 Day writing challenge. Each day I'll get a prompt about which I should write.
Nota 2: versão portuguesa mais abaixo.
Source: Law & Order: Special Victims Unit Season 19 Episode 03
I have to say that without a
doubt this has been the most challenging prompt I received so far. I’ve been
battling with this one for well over a week and still now, as I am writing it,
I’m not quite sure if I’ll be able to express what I think, but I’ll give it a
try.
The concept of justice isn’t
exclusive to the court rooms, in fact, we use words such justice and fairness
often in our everyday lives, even children are quick to demand
justice/fairness. We use them automatically that we don’t really spend much
time thinking about their meaning, we used just and fair as synonyms, but is
that what they are?
Can something be fair and not
just? What about the reverse?
Our first instinct is to say that
what fair is just (and vice-versa), but when confronted with practical
examples, it was clear to me that it wasn’t that simple.
How many times we’ve heard
someone being described as fair because they treat everyone the same?
A charity organization that has
food to donate decides to distribute it equally amongst every family in the
neighborhood. It’s fair (there all being treated the same), but is it just
(they might have different needs)?
Both justice and fairness are
complex subjects, but in a very simplistic way, what I managed to concluded is
that fairness means treating everyone equally, applying the same rules and
criteria to similar situations, treating people the way they deserve to be
treated, and eye for an eye kind of perspective, while justice aims to do the
right thing, considering the circumstances.
Fairness is not always achievable,
in some cases, an action may be considerable just justifiable because, in those
specific circumstances, there weren’t any other superior options. A ship is
sinking and the first responders can’t save everyone, they make the choice to
save the children first. Was it just? Considering the situation probably yes.
Was it fair? Not to the adults that were left to die. In such case an action
may be considered just, even if it’s unfair to some. The reverse can happen
too, as we’ve seen above, an action can be fair, and not just.
To make things harder, both
concepts – fairness and justice – are incredibly subjective. The first one
because it depends on individual standards, the second one because it’s based
on values and traditions, therefore, differing from culture to culture and over
time.
So, what is justice?
I think justice is a human
attempt to regulate human behavior and give some order to our existence, an
attempt to balance individual rights with the interests of a society, by
establishing a set of rules that guides our interactions with each other. Justice
needs to take into consideration different perspectives, such as – ethics,
morality, equity, fairness, culture, traditions, just to name a few, and it
must evolve with time. Things that were considered just years ago are now
completely unacceptable.
Most of us like to believe that
we are both fair and just, because they do overlap sometimes, but when it comes
down to it, are we really either of them? It’s easy to assess a situation from
a far, to have an undisputed opinion about what’s fair or just when the
situation doesn’t affect us, but when we, or someone we care about are
involved, how easy is it to lose all sense of justice and fairness?
I realized, as I was writing
this, that perhaps the hardest part about writing this post was not
understanding the meaning of the words fair/just, but to decide which one I
should aim for. And I can’t say I made my mind about it… I don’t think I can
choose one over the other without the details of a specific situation… So, for
now, I’m going to aim for integrity, I’m going to hope that when faced with a
situation in which I have to choose between fairness or justice, I’ll have the
integrity to make the right choice.
O que é a justiça?
Tenho de confessar que este foi, sem dúvida, o tema que me sugeriram mais
desafiante até agora. Há mais de uma semana que ando de volta disto, e mesmo
assim, não tenho a certeza se vou conseguir exprimir o que quero… Assim que me
foi levantado este desafio lembrei-me de um discurso que tinha ouvido há uns
dias, e que me tinha deixado a pensar (vídeo acima). Esse foi o meu ponto de
partida, contudo, nesta reflexão em particular, a questão da tradução complicou
muito as coisas, por isso, a quem puder, recomendo antes a leitura em inglês, ainda
assim fazer uma tradução o mais fiel possível.
O conceito de justiça não é exclusivo das salas de tribunal, aliás,
palavras como justiça e equidade fazem parte do nosso dia-a-dia, até as
crianças rapidamente aprendem a queixar-se das injustiças. Usamos estes
conceitos de forma automática, sem pensarmos muito sobre o seu significado ou o
que os distingue. Utilizamo-los como sinónimos, mas será que são?
É possível haver justiça sem equidade? E o contrário?
O nosso primeiro instinto é dizer que o que é justo é equitativo (e
vice-versa), mas quando confrontados com exemplos práticos, parece-me claro que
não é assim tão simples.
Quantas vezes ouvimos dizer que alguém é justo porque trata toda a gente da
mesma forma?
Uma organização social tem alimentos para doar e decide distribui-los de
forma igual pelas famílias de um bairro. É justo (todos estão a ser tratados da
mesma forma), mas é equitativo (tendo em conta que poderão ter necessidades
diferentes)?
Tanto a justiça como a equidade são conceitos complexos, mas de uma forma
muito simplista, o que consegui concluir foi que a justiça tem como objetivo
garantir a igualdade, aplicar regras e critérios iguais a situações semelhantes,
tratar as pessoas como elas merecem ser tratadas, uma perspectiva um pouco de “olho
por olho, dente por dente”, enquanto a equidade pretende fazer o que está mais
correcto, tendo em conta as circunstâncias.
A justiça nem sempre é alcançável, em algumas situações uma atitude pode
ser justificada porque, naquelas circunstâncias específicas, não havia nenhuma
opção melhor. Um navio está a fundar, a equipa de resgate não consegue salvar
toda a gente, opta por salvar as crianças primeiro. Houve equidade? Considerando
a situação, provavelmente sim. Foi justo? Para os adultos que foram deixados
para trás, não. Num caso como este uma ação pode ser considerada equitativa,
ainda que não tenha sido justa para todos. O contrário também pode acontecer,
como vimos acima, uma ação pode ser justa sem que haja equidade.
Para complicar ainda mais as coisas, ambos os conceitos – justiça e
equidade – são incrivelmente subjectivos. O primeiro porque depende dos padrões
individuais de cada um, o segundo porque é baseado em valores e tradições, variando
assim de cultura para cultura e com o tempo.
Então quando, no dia a dia, falamos de justiça será que não queremos na
verdade falar de equidade?
A equidade é uma tentativa humana de regular o nosso comportamento e dar
alguma ordem à nossa existência, uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre
as necessidades individuais e os interesses da sociedade, através do
estabelecimento de um conjunto de regras que guiam as nossas interações com os
outros. A equidade tem de ter em conta diferentes perspectivas, tais como – a ética,
a moral, a justiça, a cultura, as tradições, entre outras, e deve evoluir com o
tempo. Atitudes que eram consideradas equitativas no passado agora seriam inadmissíveis.
A maior parte de nós quer acreditar que é justo e equitativo (até porque
muitas vezes estes conceitos de cruzam), mas quando a situação nos toca, será
que somos realmente? É fácil ter uma opinião sobre uma situação distante, dar
palpites sobre o que é justo ou não quando a situação não nos afecta, mas
quando nós, ou alguém de quem gostamos, está envolvido, será que não é fácil
perder essa imparcialidade?
Enquanto escrevia este texto cheguei à conclusão que se calhar a minha dificuldade
não vinha da minha incapacidade de distinguir o conceito de justiça e de
equidade, mas sim da minha incapacidade de decidir qual deve ser o meu objetivo
– justiça ou equidade? E contínuo sem ter a certeza… Sem saber os detalhes específicos
de uma situação, acho que não consigo fazer essa escolha. Por isso, para já,
decidi que o meu objetivo será a integridade, espero que, quando confrontada com
situações em que tenha de fazer a escolha difícil entre justiça e equidade,
tenha a integridade para fazer a escolha certa.
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