Nota: Versão portuguesa mais abaixo.
To think that for a big part of my life I used to think I only enjoyed working with the tiniest humans. When I’d I wanted to work with small children and people would ask me how I had the patience, I’d always answer, I’ve patience for small kids, I think teenagers are the tricky ones.
It wasn’t just that I was sure I
wouldn’t be good at it, it was also that I didn’t think I could enjoy it as
much as my first passion – the little ones. But then life happened… and little
by little I got the opportunity to try new things and to work with different
age groups. It wasn’t always easy, it certainly didn’t come as natural to me,
but sure enough I discovered not only I was able to do it, but it was lots of
fun too.
I’ve been so privileged to be
proven wrong, so privileged to have the opportunity to redesign what I thought
was a sure path, to experience the learning that comes when we accept new
challenges, so privileged to build relationships based on mutual respect and
learning.
When we designed this new project,
I felt very strongly about changing things up, I knew we had to give them more
power, more freedom, room to grow. I had no doubts about their potential, but
until the very last moment I wasn’t sure how things would turn out. Who would
come? Who would commit? Who would embrace it? There were so many wild cards…
Some of them were reliable, but lacked the confidence, some were motivated, but
bad with commitment, some were interested, but unfortunately unavailable… The
things is, you never know until you try it, you can never be sure until you
give them a chance, and sure enough they rose above and beyond.
For the past two weeks I was
joined by a group of teenagers that showed up every single day ready to learn
(even though they were on summer break), to defy their limits, to work as a
team and of course… to have fun. Day after day I watched become more open to
the challenges, more confident in themselves and in the group, everyday I
watched grow.
I’m so very proud of each and
every one of them – everyone coming from different places, facing different
issues and limitations, but never ever quitting, not trying or not caring.
It’s such a privilege to be able
to do what we love for a living, to do it for people we care about, who are
dedicated and put their hearts in it. I never take it for granted, I’m lucky
enough to get lovely reminders almost every single day, but these past weeks
have been the crème de la crème.
Every job has its ups and downs,
but the one thing that makes it worth it is the human side of it, the
relationships we build – the trust, the respect, the love. If we lose track of
it, we lose everything.
I’m so very proud of “my kids”,
I’m so incredibly lucky to share this journey with you, to learn and grow with
you and I can only wait to see you achieve all your potential.
Thank you for making everything
worth it!
E pensar que durante grande parte da minha vida pensei que só gostava de
trabalhar com crianças pequeninas. Quando era miúda e dizia que gostava de
trabalhar com crianças perguntavam-me sempre como tinha paciência, e eu
respondia que com as crianças pequenas não havia problema, que para mim a
verdadeira paciência era precisa para os adolescentes…
Não era só que não me imaginasse a fazer um bom trabalho com jovens, a
verdade é que também não imaginava que isso me pudesse dar tanto prazer como a
minha primeira paixão – os mais pequenos. Mas a vida aconteceu… e aos poucos
fui tendo oportunidade de experimentar coisas novas e de trabalhar junto de
diferentes grupos etários. Nem sempre foi fácil, definitivamente as coisas não
me surgiam de forma tão natural, mas aos poucos fui percebendo que, não só era
capaz de fazê-lo, mas que também conseguia desfrutar do processo.
Tive o privilégio de perceber que estava errada, o privilégio de ter a
oportunidade de redesenhar um caminho que eu acreditava estar decidido, de
experienciar as aprendizagens que surgem quando se aceita novos desafios, mo
privilégio de construir relações baseadas no respeito e aprendizagem mútuos.
Quando planeámos este novo projeto, sentia que tínhamos de mudar alguma
coisa, sabia que tínhamos de lhes dar mais poder, mais liberdade, mais espaço
para crescer. Não duvidava do seu potencial, mas até ao último momento não
havia garantias se a ideia ia funcionar. Quem apareceria? Quem cumpriria o
combinado? Havia tantas variantes imprevisíveis… uns eram certinhos, mas
faltava-lhes a confiança, uns motivados, mas com dificuldades em se
comprometerem, outros interessados, mas infelizmente indisponíveis… A questão é
que nunca sabemos se funciona até tentarmos, até lhes darmos uma oportunidade,
e a verdade é que eles superaram qualquer expectativa.
Nas últimas duas semanas estive com um grupo de jovens que apareceu todos
os dias, apesar de estarem de férias, preparado para aprender, para desafiar os
seus limites pessoais, para trabalhar em equipa e claro… para se divertir. Dia
após dia, vi-os a tornarem-se mais abertos aos desafios, mais confiantes em si
mesmos e no grupo, todos os dias vi-os crescer.
Estou tão orgulhosa de cada um deles, individualmente e em grupo – cada um
com a sua história, a enfrentar diferentes obstáculos e limitações, mas nunca
desistindo, nunca não tentando, nunca não querendo saber.
É um privilégio podermos fazer o que
gostamos a nível profissional, fazê-lo para as pessoas de quem gostamos,
pessoas que são dedicados e põe a sua alma e coração no que fazem, no que
representam. Nunca o tomo como certo. Felizmente, sou relembrada da sorte que
tenho quase todos os dias, mas estas últimas semanas foram a nata da nata.
Todos os trabalhos têm os seus altos e baixos, mas o que faz com que tudo
valha a pena é o lado humano, as relações que construímos – a confiança, o
respeito, o amor. Se perdermos esse foco, perdemos tudo.
Estão tão orgulhos dos “meus miúdos”, sinto-me tão sortuda por partilhar
esta jornada convosco, por aprender e crescer convosco, e mal posso esperar
para vos ver atingir todo o vosso potencial.
Obrigada!
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