Saturday, April 13, 2013

What Happens When You Live Abroad/O que Acontece Quando Vives no Estrangeiro

Nota: Versão Portuguesa mais abaixo

What Happens When You Live Abroad


It’s not often that I find a piece that I love so much. I do tend to find small quotes interesting, but usually when it comes to bigger works it always gets to a point that I don’t totally agree with the point of view. Today a friend shared this article and I couldn’t stop myself from reading it. It was long, but with every sentence I was more drawn to it. It’s not easy to explain or put in words something that is so unique, it’s hard to try to make people understand how much a single experience can change your life, change you, but this author has made an excellent work. This is about someone who knows what it is to live abroad (no matter for how long). I’ve selected the parts that I loved the most. I’ll leave the link below should you wish to read the whole article. For those of you who have lived abroad, I think that, just like me you’ll see yourselves in this. For those you haven’t and always wondered what cross our mind to do it… maybe now you’ll understand.

“So many of us, when we leave our home countries, want to escape ourselves. We build up enormous webs of people, of bars and coffee shops, of arguments and exes and the same five places over and over again, from which we feel we can’t break free. There are just too many bridges that have been burned. (…) Walking streets alone and eating dinner at tables for one — maybe with a book, maybe not — you’re left alone for hours, days on end with nothing but your own thoughts. You start talking to yourself, asking yourself questions and answering them, and taking in the day’s activities with a slowness and an appreciation that you’ve never before even attempted. (…) There is a certain amount of comfort and confidence that you gain with yourself when you go to this new place and start all over again, and a knowledge that — come what may in the rest of your life — you were capable of taking that leap and landing softly at least once. (…) So you look at your life, and the two countries that hold it, and realize that you are now two distinct people. As much as your countries represent and fulfill different parts of you and what you enjoy about life, as much as you have formed unbreakable bonds with people you love in both places, as much as you feel truly at home in either one, so you are divided in two. For the rest of your life, or at least it feels this way, you will spend your time in one naggingly longing for the other, and waiting until you can get back for at least a few weeks and dive back into the person you were back there. (…) To live in a new place is a beautiful, thrilling thing, and it can show you that you can be whoever you want — on your own terms. It can give you the gift of freedom, of new beginnings, of curiosity and excitement. But to start over, to get on that plane, doesn’t come without a price. You cannot be in two places at once, and from now on, you will always lay awake on certain nights and think of all the things you’re missing out on back home.”

Autor: CHELSEA FAGAN


O que Acontece Quando Vives no Estrangeiro

Não é comum encontrar um texto que adore. Tenho por hábito recolher pequenas citações que acho interessantes, mas no que diz respeito a peças maiores, chega sempre a um ponto que discordo de alguma opinião ou ponto de vista. Hoje uma amiga partilhou este artigo e não consegui deixar de lê-lo. Era longo, mas com cada frase ficava mais atraída. Não é fácil explicar ou pôr em palavras algo tão único, é difícil tentar que as pessoas percebam o quanto uma simples experiência muda a tua vida, muda quem és, mas a autora consegue-o de uma maneira fantástica. Este texto fala de alguém que sabe o que é viver no estrangeiro (não importa por quanto tempo). Seleccionei algumas passagens que gostei mais. Deixo o link no final do post para quem quiser ler o artigo completo.
Para aqueles que vivem ou viveram no estrangeiro, penso que, tal como eu, se vão identificar com esta obra. Para aqueles que não o fizeram e que sempre se perguntaram o que nos levou a tomar essa decisão... talvez consigam agora percebê-lo.

Nota: Isto é uma tradução livre da versão original escrita em inglês.

“Tantos de nós, quando deixamos os nossos países, queremos escapar a nós mesmos. Construímos enormes redes de pessoas, de bares e cafés, de argumentos e exs e os mesmos sítios vezes e vezes sem conta, dos quais não conseguimos escapar. Há demasiadas pontas que têm de ser queimadas. (...) Caminhar sozinho nas ruas, jantar numa mesa para um – talvez com um livro, talvez não – és deixado sozinho durante horas, dias no fim, com nada mas os teus próprios pensamentos. Começas a falar contigo próprio, a fazer questões a ti mesmo e a respondê-las, e a falar de actividades diárias com a lentidão e apreço que nunca antes sequer tentaste. (...) Há um certo conforto e confiança que ganhas contigo mesmo, quando vais para um sítio novo e começas do início, e conhecimento que  - aconteça o que acontecer no resto da tua vida – foste capaz de dar em salto e aterrar suavemente pelo menos uma vez. (...) Assim, olhas para a tua vida, e para os dois países que a têm, e percebes que és agora duas pessoas distintas. Por muito que o teu país represente e preencha diferentes partes de ti e do que gostas na vida, por muito que tenhas formados laços inquebráveis com pessoas que amas em ambos os sítios  por muito que te sintas completamente em qualquer um deles, estás dividido em dois. Para o resto da tua vida, ou pelo menos é isso que parece, passarás o teu tempo numa ânsia constante pelo outro [país], à espera que possas voltar, nem que seja apenas por algumas semanas e mergulhar de novo na pessoa que eras lá. (...) Viver num sitio novo é algo lindo e excitante, e pode mostrar-te que podes ser quem tu quiseres – nos teus próprios termos. Pode dar-te o dom da liberdade, de novos começos, da curiosidade e entusiasmo. Mas começar de novo, entrar naquele avião, não vem sem um preço. Não podes estar em dois sítios ao mesmo tempo, e a partir de agora, vais sempre ter noites em que ficas deitado na cama a pensas em tudo o que estás a perder no outro lado."

Autor: CHELSEA FAGAN
Link para Artigo Original

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