What Happens When You Live Abroad
It’s not often that I find a
piece that I love so much. I do tend to find small quotes interesting, but
usually when it comes to bigger works it always gets to a point that I don’t
totally agree with the point of view. Today a friend shared this article and I
couldn’t stop myself from reading it. It was long, but with every sentence I
was more drawn to it. It’s not easy to explain or put in words something that
is so unique, it’s hard to try to make people understand how much a single
experience can change your life, change you, but this author has made an excellent
work. This is about someone who knows what it is to live abroad (no matter for
how long). I’ve selected the parts that I loved the most. I’ll leave the link
below should you wish to read the whole article. For those of you who have
lived abroad, I think that, just like me you’ll see yourselves in this. For
those you haven’t and always wondered what cross our mind to do it… maybe now
you’ll understand.
“So many of us, when we leave our home countries, want to escape ourselves. We build up enormous webs of people, of bars and coffee shops, of arguments and exes and the same five places over and over again, from which we feel we can’t break free. There are just too many bridges that have been burned. (…) Walking streets alone and eating dinner at tables for
one — maybe with a book, maybe not — you’re left alone for hours, days on end
with nothing but your own thoughts. You start talking to yourself, asking
yourself questions and answering them, and taking in the day’s activities with
a slowness and an appreciation that you’ve never before even attempted. (…) There is a certain amount of comfort
and confidence that you gain with yourself when you go to this new place and
start all over again, and a knowledge that — come what may in the rest of your
life — you were capable of taking that leap and landing softly at least once.
(…) So you look at your life, and the two countries that hold it, and realize
that you are now two distinct people. As much as your countries represent and
fulfill different parts of you and what you enjoy about life, as much as you
have formed unbreakable bonds with people you love in both places, as much as
you feel truly at home in either one, so you are divided in two. For the rest
of your life, or at least it feels this way, you will spend your time in one
naggingly longing for the other, and waiting until you can get back for at
least a few weeks and dive back into the person you were back there. (…) To live in a new place is a beautiful,
thrilling thing, and it can show you that you can be whoever you want — on your
own terms. It can give you the gift of freedom, of new beginnings, of curiosity
and excitement. But to start over, to get on that plane, doesn’t come without a
price. You cannot be in two places at once, and from now on, you will always
lay awake on certain nights and think of all the things you’re missing out on
back home.”
Autor: CHELSEA FAGAN
O que Acontece Quando Vives no Estrangeiro
Não é comum encontrar um texto que adore. Tenho por hábito recolher
pequenas citações que acho interessantes, mas no que diz respeito a peças
maiores, chega sempre a um ponto que discordo de alguma opinião ou ponto de
vista. Hoje uma amiga partilhou este artigo e não consegui deixar de lê-lo. Era
longo, mas com cada frase ficava mais atraída. Não é fácil explicar ou pôr em
palavras algo tão único, é difícil tentar que as pessoas percebam o quanto uma
simples experiência muda a tua vida, muda quem és, mas a autora consegue-o de
uma maneira fantástica. Este texto fala de alguém que sabe o que é viver no
estrangeiro (não importa por quanto tempo). Seleccionei algumas passagens que
gostei mais. Deixo o link no final do post para quem quiser ler o artigo
completo.
Para aqueles que vivem ou viveram no estrangeiro, penso que, tal como eu,
se vão identificar com esta obra. Para aqueles que não o fizeram e que sempre
se perguntaram o que nos levou a tomar essa decisão... talvez consigam agora
percebê-lo.
Nota: Isto é uma tradução livre da versão original escrita em inglês.
“Tantos de nós, quando deixamos os nossos países, queremos escapar a nós
mesmos. Construímos enormes redes de pessoas, de bares e cafés, de argumentos e exs
e os mesmos sítios vezes e vezes sem conta, dos quais não conseguimos escapar. Há
demasiadas pontas que têm de ser queimadas. (...) Caminhar sozinho nas ruas,
jantar numa mesa para um – talvez com um livro, talvez não – és deixado sozinho
durante horas, dias no fim, com nada mas os teus próprios pensamentos. Começas
a falar contigo próprio, a fazer questões a ti mesmo e a respondê-las, e a
falar de actividades diárias com a lentidão e apreço que nunca antes sequer
tentaste. (...) Há um certo conforto e confiança que ganhas contigo mesmo,
quando vais para um sítio novo e começas do início, e conhecimento que - aconteça o que acontecer no resto da tua
vida – foste capaz de dar em salto e aterrar suavemente pelo menos uma vez. (...)
Assim, olhas para a tua vida, e para
os dois países que a têm, e percebes que és agora duas pessoas distintas. Por muito
que o teu país represente e preencha diferentes partes de ti e do que gostas na
vida, por muito que tenhas formados laços inquebráveis com pessoas que amas em
ambos os sítios por muito que te sintas completamente em qualquer um deles,
estás dividido em dois. Para o resto da tua vida, ou pelo menos é isso que
parece, passarás o teu tempo numa ânsia constante pelo outro [país], à espera
que possas voltar, nem que seja apenas por algumas semanas e mergulhar de novo
na pessoa que eras lá. (...) Viver num sitio novo é algo lindo e excitante, e
pode mostrar-te que podes ser quem tu quiseres – nos teus próprios termos. Pode
dar-te o dom da liberdade, de novos começos, da curiosidade e entusiasmo. Mas
começar de novo, entrar naquele avião, não vem sem um preço. Não podes estar em
dois sítios ao mesmo tempo, e a partir de agora, vais sempre ter noites em que
ficas deitado na cama a pensas em tudo o que estás a perder no outro lado."
Autor: CHELSEA FAGAN
Link para Artigo Original
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