Nota: Versão portuguesa mais abaixo :)
It’s a nice feeling
knowing that you still have it in you, that no matter what, there’s always that
one thing that you’re good at, that comes on so naturally, so effortless. I
don’t doubt myself much in that area anymore, I know every child is different
and that no-one in the world can connect to every one of them, but I also know
that I usually get along with them fairly easy. Still whenever you are
confronted with a new group of children there’s always that moment where you
think to yourself Can I still do it? Do I still have it in me? and
it’s great when you find out you do. It’s nice to know that there’s a place
where just by being yourself you can conquer them, that you don’t have to put
on a big show or plan a whole fair, just respond to what they need. It’s nice
when just a couple hours after they’ve met you, you hear them begging not to go
home or when it’s time to go to bed and your presence is comfort enough to push
away the fears, or when you extend your arms to them and very easily they wrap
their little arms around your neck and crawl on your lap.
People always ask me if I
don’t miss working with children, if I’ll ever do it again, and I have no doubt
I will, because they’re still the ones that, more than anyone, can make feel
good about what I do, but I’m not rushing anything. I’ve done a lot of
worrying, a lot of chasing, now I came to a place where I know what I like and
what I’m good at, and I know that working with children, help them grow will
always be something that will make me feel good, and eventually I’ll
get there again, no need to worry. That part I know I have it in me without a
doubt, but in the meantime I can continue to challenge myself, continue to
grow, doing things I never expect to do or even like.
É sempre agradável
É sempre agradável saber que ainda temos essa capacidade, que não importa o
tempo que passe há sempre uma coisa em que somos bons, que vem naturalmente,
sem esforço. Já não me ponho em causa nesta área como antes porque
sei que apesar de cada criança ser diferente e de ninguém no mundo conseguir
conectar-se com todas elas tenho normalmente facilidade em fazê-lo. Ainda
assim, sempre que nos confrontamos com um novo grupo de crianças é difícil não
haver um momento em que pensamos Será que ainda sei fazer isto? e
é óptimo percebemos que sim. É bom saber que há um lugar onde sermos nós
próprios é suficiente para os conquistar, que não é preciso grandes ideias ou
festivais, apenas responder às suas necessidades. Sabe bem quando apenas
algumas horas depois que te conhecerem, ouve-los a implorar para não ir para
casa ou quando chega a hora de dormir e a tua presença é conforto suficiente
para afastar os medos, quando estendes os teus braços para as ajudares a
levantar e elas os enrolam os seus à volta do teu pescoço saltando para o teu
colo.
As pessoas perguntam-me com frequência se não sinto falta de trabalhar com
crianças, se tenciono voltar ao activo nessa área, e eu não tenho dúvidas que
sim, porque elas continuam a ser, mais do que ninguém, quem me faz sentir
realizada com o meu trabalho, mas não sinto a necessidade de apressar o meu
percurso. Preocupei-me em demasia no passado, perseguindo sonhos e objectivos,
agora cheguei a um lugar onde o que me dá prazer e sou capaz de fazer é mais
claro e sei que trabalhar com crianças, ajudá-las a crescer será sempre algo
que me vai fazer sentir bem. Eventualmente vou chegar lá de novo, isso não é
algo que me preocupe de momento. Essa parte eu sei que tenho em mim, sem
dúvida, e quando a oportunidade certa surgir dedicar-me-ei a ela, entretanto,
posso continuar a desafiar-me e a crescer fazendo coisas que nunca pensei fazer
e muito menos gostar.
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