Porque a essência da escrita não está na proeficiencia ou na correcção
gramatical, nas palavras elaboradas ou nas frases rebuscadas, a escrita tem de
vir de dentro, do mais fundo do teu ser. Toda a gente sabe escrever porque
todos nós temos uma história, algo que nos move, que nos guia e nos torna quem
somos. Toda a gente sabe escrever, só é preciso perder o medo de ir lá ao
fundo, de tocar o intocável de explorar o que não é partilhado com mais
ninguém.
A escrita não é universal, não toca a todos da mesma forma, mas há sempre alguém
no mundo que vai entender exactamente o que queres dizer, alguém que partilha
esse mesmo sentimento, essa mesma dor. Escrever não deve ser uma obrigação, não
deve implicar esforço ou sacrifcio, as melhores produções fluem naturalmente,
quando a lógica é posta de parte e finalmente ouves o que coração tem para
dizer, quando perdes o medo, a timidez, quando o que os outros pensam deixa de
ter importância, quando te despes de preconceitos e inseguranças e dás por ti
sozinho... apenas tu e uma folha branca, sem julgamentos ou pressões, apenas um
pedaço de papel à espera de ganhar vida com as palavras que correm no teu
ser.
* Título por B. Mendes
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